ZTE também está trabalhando em smartphone dobrável na vertical
Por Felipe Demartini | 07 de Março de 2019 às 14h50
A velha máxima de que as tendências no mundo da tecnologia vão e voltam está mais do que explícita em uma nova patente registrada pela ZTE, que mostra o conceito do que pode ser o primeiro smartphone dobrável da companhia. O modelo, aos moldes dos velhos flip phones, se fecha na vertical, mantendo apenas uma pequena parte do display flexível para a parte de fora.
A partir dessa área exposta, o usuário teria acesso a notificações e poderia realizar pequenas tarefas sem precisar abrir o celular. O design parece querer utilizar a flexibilidade da tela como uma forma de reduzir o volume do aparelho no bolso ou durante esse tipo de utilização simples, ao mesmo tempo que, quando aberto, ele teria uma tela ainda maior que a maioria dos topos de linha do mercado atual, mesmo que mais alongada verticalmente.
Chama a atenção, também, o posicionamento inusitado do que parecem ser as câmeras frontais, colocadas na parte traseira, que fica voltada para a frente quando o smartphone está dobrado ao meio. A ideia, aqui, seria permitir que o display tomasse conta de todo o corpo do aparelho sem a necessidade de notches ou reduções na área da tela, mas soa esquisito dizer que há um sensor frontal na parte de trás do dispositivo.
No restante, estão presentes os botões usuais para bloqueio de tela e controle de volume, alto-falantes na parte de baixo e uma porta USB-C. Uma dupla de câmeras na parte traseira completa o conjunto, que, estranhamente, não traz um sensor biométrico externo. Como é incomum que um modelo de tal destaque não conte com esse tipo de tecnologia, é possível pensar que ele estará sob a tela.
A patente revelada agora se une a uma segunda tecnologia, registrada pela ZTE em dezembro, que exibia um modelo de smartphone flexível horizontal, semelhante ao Galaxy Fold, apresentado recentemente pela Samsung. A iniciativa, também, não representa a primeira empreitada da marca asiática nesse quesito, já que, em outubro de 2017, ela lançou o Axon M, que brincava com o conceito de aparelho dobrável, mas tinha duas telas separadas.
Como de costume, não dá para afirmar que a patente representa um produto efetivamente em desenvolvimento. Registros desse tipo, muitas vezes, servem como uma medida de proteção da tecnologia ou como uma forma de acumular ganhos com royalties a partir do licenciamento delas. Sendo um dos principais nomes do mercado asiático, entretanto, é bastante óbvio imaginar que a ZTE vai querer entrar no mundo das telas flexíveis o mais rapidamente possível.
Fonte: Let's Go Digital