Além da Qualcomm, Intel também deve fornecer chips para o iPhone 7
Por Caio Carvalho | 10 de Junho de 2016 às 15h21
De acordo com informações da agência de notícias Bloomberg, a Apple teria fechado uma parceria inédita com a Intel para levar os chips da fabricante para o próximo modelo do iPhone, que deve ser anunciado no segundo semestre deste ano. Para o site, a ideia da Maçã é "diversificar sua base de fornecedores" quanto aos modems LTE e Wi-Fi do iPhone 7. Contudo, a Qualcomm, que é atual fornecedora desses componentes, continuaria como parceria da gigante de Cupertino.
Ficaria assim: os chips da Qualcomm ainda ficarão presentes nos iPhones vendidos na China e também aqueles que serão comercializados pela operadora Verizon e outras empresas que utilizam redes baseadas no protocolo CDMA. Enquanto isso, a Intel seria a nova provedora para o smartphone vendido pelas teles AT&T e T-Mobile, nos Estados Unidos, e pelas outras operadoas espalhadas ao redor do mundo.
Em abril deste ano, durante uma teleconferência para divulgação de seus resultados financeiros, o presidente da Qualcomm, Steve Mollenkopf, sinalizou que "um grande cliente" (no caso a Apple) teria reduzido o número de pedidos de modem para futuros aparelhos e que poderia passar a utilizar vários fornecedores.
Recentemente, o site DigitTimes reportou que a Intel ficaria com a produção de 50% dos modems para o iPhone 7 distribuido pela AT&T, T-Mobile e operadoras de outros países. O modelo de chip seria o XMM 7360 LTE, que atinge velocidade de até 450 Mbps para download e de até 100 Mbps para upload de arquivos. Para efeito de comparação, o chip X12 da Qualcomm, que deve equipar a variante do iPhone para o mercado chinês, tem velocidade de download de 600 Mbps e de 150 Mbps para upload.
Como destaca o Engadget, se o negócio for verdadeiro, a principal beneficiada será a Intel, já que a companhia tem um histórico de ter recursado outras oportunidades para fornecer componentes importantes para o iPhone.
Procurado pela reportagem da Bloomberg, um porta-voz da Intel se recusou a comentar o assunto. Qualcomm e Apple também não emitiram uma posição sobre a notícia.