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Nokia X: um smartphone BEM básico com suporte a dois chips SIM

Por| 16 de Janeiro de 2015 às 12h57

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BRUNO HYPOLITO / CANALTECH
BRUNO HYPOLITO / CANALTECH

Há poucos anos, a Nokia decidiu não adotar o Android em sua linha de aparelhos pois viu que havia um “certo favorito”, no caso, a Samsung. Como não é segredo, ela optou pelo Windows Phone, tornando-se praticamente sinônimo da plataforma com a sua linha Lumia, o que fez com que esse sistema ganhasse popularidade em todo o mundo, chegando mesmo a competir em market share com o iOS dos iPhones.

Em uma dramática mudança de eventos, ela lançou alguns modelos com o Android em 2014, como o Nokia X que vamos conhecer agora – uma das tentativas da empresa de ganhar popularidade no segmento de entrada, ainda que ele tenha um futuro incerto após a compra da empresa pela Microsoft.

Construção

O Nokia X tem um design que lembra, e muito, o Lumia 530, aparelho mais básico da Nokia com Windows Phone. O corpo é inteiramente construído com o plástico brilhante característico da empresa, estando disponível nas cores verde, vermelha, ciano, amarela, branca e preta, e há somente uma peça que pega desde as bordas até a parte traseira.

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Simples, porém longe de ser feio. A Nokia consegue aproveitar muito bem o plástico em seus aparelhos, não tirando a característica de aparelho básico, mas também sem passar a impressão de ser um material de baixa qualidade. Nossa crítica aqui é somente uma: os botões ficam na carcaça, que “encostam” nos conectores internos de volume e Power quando encaixados do lado direito.

  • Peso: 129 gramas
  • Espessura: 10,4 milimetros

Não é um problema visual, mas não podemos deixar de mencionar que essa é uma estratégia que pode causar defeitos com o passar do tempo, especialmente para aqueles que tiram a tampa traseira com frequência.

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Tela

Como boa parte dos aparelhos Android de entrada, o Nokia X tem uma tela pequena, de 4 polegadas. A resolução de 480x800 não chega a ser ruim, em especial pela tecnologia LCD IPS, que melhora bastante tanto a qualidade das cores quanto os ângulos de visão. O problema aqui é a altíssima reflexibilidade mesmo em ambientes fechados, o que se agrava ainda mais em ambientes abertos.

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Ainda assim, vale mencionar que está dentro do esperado para a faixa de preços do Nokia X, com uma boa densidade de pixels de 233 pontos por polegada quadrada. O que não está dentro do esperado? O suporte para somente dois toques simultâneos, enquanto concorrentes permitem até 4 toques.

Configuração

Temos um kit extremamente básico aqui, com um processador com dois núcleos rodando a 1 GHz, 512 MB de memória RAM e gráficos Adreno 203. São especificações defasadas mesmo em relação aos concorrentes mais básicos lançados em 2014, incapazes de fornecer uma boa experiência mesmo que a Nokia não tivesse matado o multitarefa. Exatamente: o Nokia X roda somente um app por vez, não permitindo alternância entre eles como qualquer Android básico faz.

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A coisa piora: o Android padrão é o Jelly Bean 4.1, um fóssil pelos padrões de tecnologia e sem a menor previsão de atualização. A Amazon (Kindle Fire) utiliza essa estratégia, usando uma versão antiga do Android com uma fortíssima interface gráfica por cima, no caso, a homônima Nokia X UI. O resultado é bom? Na verdade: não. O Android é hoje o sistema mais utilizado do mundo por uma série de características, e os serviços do Google são uma importantíssima.

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Pois é, até o Antutu dá risada

Não há Google Services e nem mesmo Play Store: há uma Store própria da Nokia com uma fração do mais de 1 milhão de apps do Android. Pelo jeito a Nokia não tentou só copiar a interface do Windows Phone, mas também a limitação de apps, sendo que boa parte dos mais utilizados está lá (WhatsApp, Facebook, Twitter), assim como uns 10 jogos pré-instalados, mas longe do que o Android oferece por padrão.

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Como memória interna há somente 4 GB, algo já esperado, com suporte para cartões microSD de até 32 GB, já que se trata de um chipset mais antigo.

Câmera, bateria e extras

Não há uma câmera frontal no Nokia X, apenas uma traseira VGA de 3,15 megapixels capaz apenas de quebrar o galho, e ela não vem com flash. Ele é um modelo dual-chip, em que um dos slots micro SIM suporta redes 3G e o segundo é 2G, apenas para ligações. É com muita tristeza que informamos que a qualidade de chamada não é das melhores, com um ruído constante durante a conversa como se estivéssemos do lado de um ventilador.

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A conectividade aqui é básica, com o Wi-Fi nos padrões B, G e N, GPS com A-GPS (sem GLONASS) e Bluetooth 3.0, capaz de se comunicar com boa parte dos produtos mais atuais, além do suporte para rádio FM. Áudio também não é dos melhores na caixa acústica, mas tem uma qualidade bastante aceitável ao colocarmos fones de ouvido.

Ao removermos a tampa traseira, temos acesso à bateria removível de 1.500 mAh, pequena para os padrões atuais mesmo para aparelhos básicos. Em nossos testes observamos o seguinte: o Nokia X tem uma autonomia em standby até boa, capaz de segurar um dia de uso moderado. Porém, por algum motivo (falta de decodificação de hardware, aparentemente), ele alcança um tempo de exibição de vídeos em SD de apenas 3 horas e poucos minutos, além de esquentar bastante.

Conclusão

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Vamos usar um pouco de sinceridade cruel aqui e dizer que a Nokia não começou bem com o Nokia X, e ponto final. Não se trata de um aparelho ruim, no fim das contas, mas está em um nível sub-entrada, não se destacando em nenhum ponto em relação aos concorrentes em sua faixa de preços. Se o objetivo da Nokia era oferecer um modelo básico com Android para mercados emergentes, ela errou feio nos R$ 479 de preço sugerido.

Porém, ele pode ser encontrado por valores menores, condizentes com a experiência de uso que ele pode proporcionar e sendo a opção ideal para quem está em busca do seu primeiro smartphone.

*Agradecimento à Cissa Magazine por nos emprestar uma unidade de testes