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COVID-19 | EUA podem começar vacinação em dezembro

Por| 23 de Novembro de 2020 às 13h45

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Ake/Rawpixel
Ake/Rawpixel

Os Estados Unidos querem começar a vacinar a população contra o novo coronavírus já em dezembro, esperando atingir a chamada imunidade de rebanho até maio de 2021. As palavras são de Moncef Slaoui, diretor do programa americano de vacinação, afirmando que o órgão trabalha até mesmo com uma data, o dia 11, iniciando a aplicação das doses apenas um dia após a expectativa de aprovação pela FDA, o equivalente do país à nossa Anvisa.

A vacina a ser usada será a desenvolvida pela Pfizer, que promete 95% de eficácia. A empresa solicitou aprovação pelos órgãos americanos na última sexta-feira (20) e, por meio de sua parceria com a BioNTech, espera ser capaz de fabricar até 50 milhões de doses até o final deste ano. Enquanto a produção acontece, uma reunião do comitê especial de vacinação do FDA está marcada para acontecer no dia 10 de dezembro.

O plano de Slaoui é ambicioso, mas fala em enviar lotes da vacina para os principais postos de vacinação em apenas um dia após a aprovação, iniciando a aplicação já no dia 11 de dezembro. Essa seria a primeira dose das duas necessárias, com a quantidade de unidades disponíveis variando de acordo com a população de cada estado, que também serão os responsáveis por estabelecerem os protocolos de prioridade para aplicação.

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A recomendação, como no Brasil, é pela preferência inicial pelos trabalhadores da saúde e idosos, com os grupos de risco, como aqueles que possuem doenças respiratórias e outras condições agravadas pelo coronavírus, na sequência. O total de doses enviado a cada território, entretanto, pode alterar a forma como a vacina é aplicada na população.

Seja como for, Slaoui espera também que, com o início das aplicações, a percepção negativa do público em relação à imunização também caia. O médico considerou a aceitação da população essencial para que as metas do departamento de saúde sejam batidas e, principalmente, pela necessidade de muitos americanos no retorno à “vida normal” após a imunização, algo que, em um país com altíssimas taxas de contaminação e mortes como os Estados Unidos, é mais que necessário.

Os números do novo coronavírus chegaram a seu maior patamar desde maio, batendo facilmente a marca dos 100 mil novos casos por dia. Na última sexta, por exemplo, foram 141,6 mil contaminados e 834 mortes no país, com os Estados Unidos chegando a 12,3 milhões de contaminações e 256,5 mil óbitos. Os estados do Texas e da Califórnia são os mais atingidos pela pandemia, liderando em ambos os requisitos, com a expectativa, agora, que estes também sejam os territórios a receberem maiores quantidades da vacina, assim que for liberada.

Enquanto as vacinas não chegam, novas regras relacionadas ao uso de máscaras e a restrição de funcionamento de locais públicos foram aprovadas em diferentes estados, enquanto a Guarda Nacional foi acionada em outros para ajudar com operações de logística em hospitais e necrotérios. Na Califórnia, por exemplo, há toque de recolher a partir das 22h até o dia 21 de dezembro, assim como em Nova York, onde as escolas permanecem fechadas.

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As tensões também estão em alta nesta semana, com feriados importantes para os americanos. Enquanto os governos estaduais pedem que as pessoas evitem viajar para comemorar o Dia de Ação de Graças com suas famílias, tem Black Friday nesta semana, data em que os cidadãos normalmente se aglomeram nas portas das lojas para garantir os descontos desta sexta (27). A preocupação é que tais eventos se tornem focos de contaminação, o que também explica a urgência para aplicação das vacinas nos estados mais afetados.

Fonte: BBC