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Popcorn Time e pirataria: acessos podem ultrapassar os da Netflix

Por| 20 de Março de 2015 às 15h41

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Popcorn Time e pirataria: acessos podem ultrapassar os da Netflix
Popcorn Time e pirataria: acessos podem ultrapassar os da Netflix

O calcanhar de Aquiles da indústria do cinema não para de crescer, tudo na base da gratuidade e do amor de desenvolvedores independentes pela causa. O Popcorn Time, chamado carinhosamente por muitos como a “Netflix da pirataria”, já acumula um ritmo de 100 mil downloads por dia.

Se levarmos em conta que cada um destes processos representa a entrada de um novo usuário na plataforma, temos números que se aproximam aos da Netflix “de verdade”, que de acordo com as informações do quarto trimestre de 2014, cresce a um ritmo de 138 mil usuários diários. Se o Popcorn Time mantiver seu crescimento constante, como esperam os desenvolvedores, não deve demorar muito para que a marca seja ultrapassada.

Todos os usuários parecem atraídos ao Popcorn Time pelo mesmo motivo pelo qual assinam a Netflix e outros serviços do tipo – a praticidade. O aplicativo funciona por meio de sistemas de torrent, como qualquer cliente convencional, mas não exige que o utilizador baixe o filme ou série completamente antes de assistir. Por meio de uma interface fácil de usar, com pôsteres, informações sobre elenco e até legendas em português, é possível escolher o conteúdo que deseja assistir e, após alguns minutos, já conferí-lo na íntegra, e em alta qualidade, enquanto o download acontece simultaneamente.

E como se tratam de conteúdos não regularizados, claro, a seleção é imensa. O Popcorn Time é ligado às redes de serviços de legenda reconhecidas e vinculado à oferta de filmes de “piratas” consagrados, o que garante a qualidade na oferta disponibilizada. Por aqui, nada de longas filmados da tela de cinema ou com legendas em javanês embutidas, e sim, arquivos em 720p ou 1080p, ripados a partir de Blu-rays ou DVDs. Os filmes normalmente aparecem logo após seu lançamento no mercado americano de home video, estando disponíveis para usuários de todo o mundo.

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É claro que tudo isso já gerou problemas com os advogados de Hollywood e os direitos autorais. O Popcorn Time argumenta não entregar pirataria uma vez que os arquivos não ficam armazenados no computador dos usuários. Ainda assim, o serviço já foi tirado do ar uma vez, mas como se trata de um sistema em código aberto e com uma grande quantidade de entusiastas, ele rapidamente voltou e recebe atualizações constantes.

Na entrevista, um dos responsáveis pela ferramenta, que preferiu não se identificar, disse que a ideia agora é trabalhar para que o serviço dependa cada vez mais dos próprios usuários e menos de servidores centrais. A ideia é evitar problemas como os que aconteceram recentemente com o Pirate Bay, que ficou semanas indisponível após uma batida policial em seu data center, localizado na Suécia.

Enquanto isso, executivos da indústria já se posicionam contra a plataforma e, claro, exigem medidas das autoridades. O presidente da Netflix, Reed Hastings, já categorizou o Popcorn Time como uma ameaça em longo prazo para seu serviço de streaming.

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Ainda não existem números relacionando o software a um aumento no número de pirataria, mas a coisa pode mudar de figura com números de downloads tão altos. E, cada vez mais se tornar um problema para Hollywood, que sempre acreditou que o download de torrents seria complexo demais para o usuário comum, e por isso, fez pouco a respeito além de ações legais. Com o Popcorn Time, porém, a coisa pode mudar, e a guerra se tornar ainda mais acirrada – quem sabe, no final, também não aconteçam alguns avanços na indústria?

Fonte: Wired e Venture Beat.