Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Análise | Avell G1550 MUV dá poder à estreia da 9ª geração da Intel no Brasil

Por| 28 de Junho de 2019 às 13h53

Link copiado!

Análise | Avell G1550 MUV dá poder à estreia da 9ª geração da Intel no Brasil
Análise | Avell G1550 MUV dá poder à estreia da 9ª geração da Intel no Brasil
Tudo sobre Avell

Quando recebemos a caixa do novo Avell G1550 MUV, já dava para saber mais ou menos o que esperar, tanto pelo conhecimento da marca em si, quanto por sabermos que o aparelho marca a estreia brasileira da 9ª geração de processadores Intel i7 no Brasil. A CPU aparece primeiro na máquina da fabricante, que chega com alto potencial de processamento e capacidade para rodar os principais games do mercado atual.

Nossa surpresa veio ao ligar a máquina pela primeira vez e, no Windows 10, notarmos o wallpaper que indicava estarmos diante de uma workstation da Avell. Nem tão ao norte, nem tão ao sul: a linha MUV, como o nome já indica, tem foco na portabilidade e alia o alto poder de fogo dos tradicionais notebooks gamers da marca com uma abordagem mais focada ao trabalho, para quem também usa os computadores para esse fim.

É um aspecto, inclusive, que já havia sido elogiado antes pelo Canaltech: a entrega de computadores que, por serem robustos, se saem bem tanto na jogatina de Battlefield quanto na edição e renderização de vídeos, por exemplo. Mais do que isso, temos em mãos um computador gamer ou focado em aplicações gráficas lançado por uma empresa que sabe que alto poder de processaemento não precisa, obrigatoriamente, vir acompanhado de um visual carnavalesco. É bom ver esse aspecto sendo não apenas aplicado, mas também usado como ponto de destaque na divulgação dos produtos.

Continua após a publicidade

Pesando 2 kg, o notebook tem linhas sóbrias e um design discreto, apesar de mostrar a que veio pelo belo cinza escuro da tampa, com o logo da fabricante cromado bem no centro. As saídas de ventilação são discretas, mas estão por todos os lados, garantindo que tudo funcione de forma fresca e sem comprometer a performance.

A vontade de parecer discreto cai um pouco por terra, entretanto, quando ligamos o notebook e ouvimos o som das ventoinhas, que estão trabalhando ativamente para garantir que nada frite dentro da máquina. É um mal necessário para um notebook gamer com 1,9 cm de altura, mas que carrega uma tela de 15,6 polegadas FullHD e uma placa de vídeo GeForce GTX 1660 Ti em seu interior.

Da mesma forma que modelos anteriores já analisados no Canaltech, a Avell investe na exatidão, com conexões que aparecem de forma a não sobrar nem faltar. Quem usa periféricos não terá problemas em conectar mouses e teclados gamers, bem como placas de captura ou câmeras para os aficionados por live streaming, com a presença de duas conexões USB 3.1 e uma entrada para cartões de memória facilitando a vida e fazendo a alegria dos criadores de conteúdo.

Continua após a publicidade

Falando em acessórios, eles são, inclusive, recomendados, já que, olhando de fora, a fabricante insiste em um problema comum nos notebooks gamers. O teclado é mecânico, sim, e apresenta todos os tons de cores LED ao gosto do freguês, que pode personalizar tanto a iluminação sob as teclas quanto o indicador na parte inferior do produto como desejar. O padrão é ABNT 2, algo que facilita a vida e agrada aos já citados usuários que jogam, mas também usam o computador para trabalhar.

Entretanto, apesar do bom feedback tátil e dos cliques perceptíveis, mas sutis, a experiência de digitação não é das melhores. O caminho percorrido a cada pressionamento é curto e acaba gerando desconforto, enquanto as teclas juntas demais são amigas dos erros de digitação. A presença de um teclado numérico é um ponto positivo, mas também negativo quando, na tentativa de usar o Backspace, inevitavelmente apertamos o Num Lock por engano.

São elementos que podem incomodar mesmo na experiência com jogos, algo que percebemos na pele quando usamos a recente versão de Heavy Rain para PC como um dos jogos de teste do Avell G1550 MUV. O título tem uma jogabilidade bastante dependente das QTEs, os pressionamentos de botões no momento correto, e mesmo sabendo que apenas o WASD seria utilizado, nem sempre a jogabilidade foi precisa.

Continua após a publicidade

Configurações

O modelo enviado ao Canaltech para análise aparece em uma das configurações disponíveis no e-commerce da Avell, por R$ 8.666. As especificações são as seguintes:

  • Processador: Intel Core i7-9750H Coffee Lake 2,6 GHz, 12 MB Cache;
  • Placa de vídeo: Nvidia GeForce GTX 1660 Ti 6 GB GDDR6;
  • Memória RAM: 16 GB (2x 8 GB Dual Channel 2.666 MHz);
  • HD: SSD M.2 de 512 GB LITEON CVB-8E512;
  • Tela: LED 15,6 polegadas Full HD;
  • Entradas: 2x USB 3.1, 1x USB-C, 1x USB 2.0, 2x Mini DisplayPort, 1x HDMI 2.0, 2x P2 para áudio e microfone, 1x leitor de cartão de memória SD;
  • Teclado: mecânico padrão ABNT2, retroiluminado RGB;
  • Sistema operacional: Windows 10 Home 64-Bit;
  • Dimensões: 1,99 cm (altura) x 35,9 cm (largura) x 24,4 cm (profundidade);
  • Peso: 2 Kg.
Continua após a publicidade

Jogando com qualidade

A primeira coisa que se nota quando começa a jogatina com o Avell G15050 MUV é a qualidade da tela de LED, com bordas finas e um bom contraste que enaltece os visuais dos títulos. Ela é Full HD, então, não será possível aproveitar os títulos com qualidade 4K, mas, ainda assim, se a ideia é portabilidade, a fabricante acerta ao entregar um bom visual, com um display que exibe com clareza o potencial dos componentes internos.

Como sempre, realizamos os testes rodando títulos competitivos, como Overwatch, Fortnite e Call of Duty: Black Ops 4, e também outros games single player exigentes e que devem estar na cabeça dos jogadores, como Resident Evil 2 e Assassin’s Creed Odyssey. Para aproveitar a leva do exato momento em que estávamos com o notebook em mãos, as versões PC de Heavy Rain e The Sinking City também fizeram parte das experimentações.

Continua após a publicidade

Estes foram os resultados em cada um dos títulos analisados:

  • Call of Duty: Black Ops 4: variações entre 45 FPS e 60 FPS nas partidas em configuração Muito Alta;
  • Fortnite: estável em 60 FPS com os gráficos em Alto; variações de 60 a 40 FPS na configuração Épica, com quedas nos momentos de maior movimentação;
  • Overwatch: performance estável em 60 FPS com todas as configurações no máximo, com ocasionais quedas para até 45 FPS, principalmente no carregamento das partidas;
  • Assassin’s Creed Odyssey: variando entre 50 e 60 FPS na configuração Alta, entre 40 e 60 FPS na opção Muito Alta;
  • Resident Evil 2: 60 FPS constantes em qualidade máxima, com quedas ocasionais para até 45 FPS nos momentos em que existem diferentes elementos na tela;
  • The Sinking City: variando de 50 a 60 FPS na configuração Alta;
  • Heavy Rain: quedas para até 15 FPS na configuração muito alta, performance estável na configuração média com 60 FPS.

Na maioria dos casos, usar o software GeForce Experience (que não vem pré-instalado na máquina, apesar de indicações em folhetos indicativos que acompanham o produto dizerem o contrário) e seu sistema de otimização resolveu a maioria dos gargalos, entregando a máxima performance possível nos games. Aqui e ali, foram necessárias configurações manuais, principalmente envolvendo o sistema de anti-aliasing, um trabalho que não deve tomar mais do que alguns minutos de tempo do jogador.

Continua após a publicidade

Heavy Rain, entretanto, foi um caso à parte. Seja pela falta de otimização do game da Quantic Dream, desenvolvido originalmente para o PS3, ou por uma robustez de seu conjunto visual (que pode chegar à resolução 4K), o game se tornou injogável nas configurações mais altas. Mesmo em nível médio, entretanto, já foi possível perceber boa parte das melhorias visuais que a desenvolvedora aplicou ao título neste relançamento, principalmente no que toca a qualidade das texturas.

Para os streamers, a câmera frontal do Avell G1550 MUV é uma leve surpresa. Ela tem resolução 720p e, como qualquer outro componente do tipo em um notebook, apresenta uma imagem cheia de artefatos em condições de alta ou baixa luminosidade. Entretanto, o resultado superior ao que normalmente se encontra no mercado chamou a atenção e, por mais que não seja possível falar dela como uma boa alternativa para a produção de conteúdo, ela pode servir como um caminho para quem não quiser ficar carregando equipamento por aí.

Por outro lado, a mesma coisa não se aplica ao som, com um headset ainda sendo o melhor companheiro dos jogadores na hora de gravar ou ouvir. O microfone integrado capta bastante ruído e traz áudio estourado, enquanto o conjunto de alto-falantes na parte inferior do notebook entrega desempenho apenas aceitável, não se tornando a alma da festa. De novo, nada que já não era de se esperar de componentes padrões de um computador desse tipo.

Continua após a publicidade

O mais importante de tudo é que a Avell cumpre sua promessa de entregar, com o G1550 MUV, uma opção que serve tanto para os gamers quanto para quem trabalha com aplicações visuais ou gráficas. Com 2 Kg e um tamanho considerável, mas que é compensado pela tela de 15,6 polegadas, este pode não ser o mais portátil e leve dos notebooks, mas tais aspectos são compensados com a performance, um bom display e o consumo econômico de energia que vem como cortesia dos processadores de 9ª geração da Intel.

Com um design robusto, mas simples e bonito, é um bom modelo para carregar por aí, mas também para se ter na mesa, conectado a acessórios de qualidade que complementam o pacote naquilo que falta ao equipamento. Com a chegada das placas RTX, pode ser que a máquina não esteja exatamente na vanguarda do mercado no que toca a GPU, mas, pelo menos no restante, a garantia é de desempenho.

No site da Avell, é possível encontrar outras configurações deste mesmo modelo. Todas trazem a dupla Intel Core i9 2,6 GHz e GeForce GTX 1660 Ti, mas as customizações permitem a adição de mais HDs ou modelos com mais espaço, incrementos na memória RAM para até 64 GB ou versões sem sistema operacional pré-instalado.