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Empresas nacionais já usam APIs para desenvolvimento, mas esbarram em segurança

Por| 31 de Março de 2016 às 18h12

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Empresas nacionais já usam APIs para desenvolvimento, mas esbarram em segurança
Empresas nacionais já usam APIs para desenvolvimento, mas esbarram em segurança

Empresas brasileiras já seguem a tendência mundial de uso de APIs para desenvolvimento de aplicativos, mas ainda esbarram em questões de segurança para garantir a proteção dos dados e acessos que transitam pelos sistemas, indicou uma nova pesquisa realizada pela CA Technologies em parceria com a Freeform Dynamics.

O levantamento ouviu 1.442 executivos das áreas de negócios e TI de empresas de 16 países e nove verticais de indústria, como setor financeiro, telecomunicações e varejo. Os resultados revelam que 89% dos executivos consideram necessário enfrentar desafios de segurança e compliance quando o assunto é APIs, mas apenas 34% o fazem.

O Brasil fica um pouco à frente desta média mundial, com 37% dos executivos entrevistados afirmando que suas empresas já enfrentam a questão de proteção de dados e informação utilizadas em APIs.

Apesar do potencial de ganho de agilidade e de monetização, o uso de APIs para desenvolvimento traz novos desafios para as organizações, que precisam focar em iniciativas de segurança para proteger, autenticar e monitorar o acesso por meio das novas portas de entrada criadas pela tecnologia.

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"Quando a gente fala em abrir uma nova porta que não é web, é através de API, a gente fala de uma área um pouco cinzenta, onde as empresas não têm muita familiaridade", explicou o Diretor de Segurança da CA Technologies para a América Latina, Denyson Machado. "É um risco enorme, junto com essas portas vêm cada vez mais ameaças e ataques".

O potencial de ameaças de segurança é ainda maior quando levado em consideração que a conexão através de APIs é uma das tendências que estão no centro da Internet das Coisas, na qual inúmeros dispositivos deverão trocar informações continuamente e de forma automática durante todo o tempo. Segundo Machado, a tendência deve empurrar empresas para uma nova abordagem de proteção, focada principalmente nas identidades de acesso, além de dados.

Disruptores Digitais

De acordo com os dados do levantamento, o Brasil hoje já está "avançado" na adoção de APIs para desenvolvimento de aplicações e em sintonia com o cenário global, com 79% das empresas respondentes afirmando que já adotam a tecnologia para integração de sistemas de back-office; 79% para o desenvolvimento de aplicativos baseados na web; e 74% para o desenvolvimento de apps móveis.

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Quanto ao objetivo principal para o uso de APIs, 79% das companhias pesquisadas indicaram que investem na tecnologia para expandir seu alcance digital; enquanto 78% reduziram os custos de riscos de TI e 78% entregaram uma melhor experiência para usuário. No total, 74% afirmaram que conseguiram monetizar os dados através da integração de APIs.

Além de estarem alinhados com a média observada nos outros países pesquisados, os índices de uso de API entre as organizações nacionais já estão acima da média latino-americana, o que tem colocado algumas empresas nacionais no conjunto de corporações classificadas como "disruptores digitais", duas vezes mais propensas a adotar APIs para otimizar o desenvolvimento inteiro e até 2,8 vezes mais inclinadas a usá-las para sustentar ambientes de desenvolvimento para terceiros.

Apesar dos índices altos de adoção, os níveis exatos variam de acordo com o setor da indústria. O levantamento não quebrou os dados levantados conforme a vertical, mas de acordo com Machado, indústrias de vanguarda de TI, como o setor financeiro e de telecomunicações, estão mais avançados frente a outras indústrias. Um dos principais destaques no país, no entanto, é o grande varejo, tradicionalmente deficitário na adoção de novas tecnologias, mas que tem corrido atrás por meio do uso de APIs.

"O segmento de varejo está tendo que se reinventar nessa nova economia, ele está tendo que se relançar em canais digitais, omnichannel, é um segmento que tem tido cada vez mais necessidade de lançar novas maneiras de falar com o cliente", comentou.