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Escola em SP inaugura primeira sala de aula do mundo no "formato Google"

Por| 20 de Maio de 2014 às 09h11

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Divulgação
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Tudo sobre Google

Um estudo divulgado recentemente pela PewResearch constatou o que todo mundo já sabia: nosso futuro será ainda mais conectado. Assim como a eletricidade, a internet estará em todos os lugares, como sua casa, seu trabalho, no seu carro, no seu corpo. E também nas escolas, que já se antecipam para uma realidade bem diferente do papel e caneta. Um exemplo é o Colégio Mater Dei, no bairro Jardim Paulista, zona oeste da cidade de São Paulo, que recém-inaugurou a primeira sala de aula do mundo no formato Google.

Diferente das salas tradicionais, onde os estudantes ficam em carteiras separadas e possuem poucos recursos para interagir, o projeto da sala de aula do futuro consiste em um espaço cheio de almofadas, bancos coloridos, alguns brinquedos e dispositivos eletrônicos - como acontece nos escritórios do Google. O caderno dá lugar ao tablet; televisores cumprem uma parte do papel do quadro negro; os alunos são estimulados a usar mapas virtuais e projeções multimídia, além de videoconferências internacionais.

O clima é tão descontraído que fica difícil até identificar quem é o professor. Pelo fato do ambiente ser mais reduzido, os estudantes podem ficar mais à vontade e próximos uns dos outros, permitindo o compartilhamento de informações e cooperação em atividades. E se alguém ainda ficar com dúvidas sobre determinado assunto, basta "jogar no Google", já que a "cola" também está liberada.

"Quando você faz uma pergunta ao professor, por mais que seja fora do assunto, você não fica limitado ao conhecimento dele [do professor]. Na hora, você pode utilizar o tablet, entrar na internet e procurar. Você tem acesso ao conhecimento ali, na ponta dos dedos", comenta o aluno Gabriel Fernandes, de 17 anos, do 2º ano do ensino médio.

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"Este espaço favorece a autoria por parte dos alunos e o educador se transforma em um mediador do conhecimento, que trabalha em uma ideia de rede. Isso, de certa forma, dá aos alunos uma maior responsabilidade, porque eles se tornam mais responsáveis por esse conhecimento", explica o professor de história Alexandre Muscalu, para a TV Estadão, do jornal O Estado de São Paulo.

Trazer o conceito de uma sala de aula conectada foi ideia do Mater Dei, que tinha como objetivo principal elaborar um ambiente diferente para o ensino. O local, que recebeu o nome de "Google Learning Space" (Espaço de Aprendizado do Google, na tradução livre) foi inaugurado há um mês e levou seis semanas para ficar pronto. "A sala de aula precisa ser um ambiente de colaboração e experimentação para os alunos", diz Milton Burgese, diretor de educação do Google Brasil. De acordo com o executivo, outras escolas poderão buscar a empresa para reproduzir o modelo de ambiente.

"De uma maneira geral, a escola está transformando seus ambientes de aprendizagem", afirma Sylvio Gomide, diretor do colégio. "Hoje você tem que entregar ao mercado de trabalho um aluno que tenha maior capacidade de colaboração. Buscamos ferramentas que permitissem uma interação maior entre estudantes e professores. E dentro de todas essas avaliações, o Google foi a empresa que tinha todos recursos para trilharmos esse caminho", completa.

A área da educação tem recebido grandes investimentos da gigante das buscas nos últimos anos. Recentemente, a companhia disponibilizou uma ferramenta chamada "Classroom", que ajuda professores a gerenciar conteúdo e compromissos na hora de preparar o material de suas aulas. Há também o YouTube Edu, uma plataforma de educação totalmente gratuita e em português que conta com aulas sobre matemática, biologia, língua portuguesa, física e química. O Brasil foi o primeiro país fora dos Estados Unidos a receber uma versão do projeto.

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"Acho que [a sala de aula do Google] é uma ideia de como vamos avançar com as novas tecnologias e não ficar parado no usual, com cadeira, lousa e professor", diz Celina Machado, de 17 anos, do 3º ano do ensino médio.