Samsung Galaxy S4: primeiras análises e impressões
Por Rafael Romer |
A Samsung revelou nesta quinta-feira a quarta geração da sua linha Galaxy de smartphones, o Galaxy S4, que chamou a atenção tanto pela quantidade de novas funções que promete trazer para o usuário quanto pelas suas configurações técnicas.
Em relação ao Galaxy S3, o S4 teve seu display aumentado de 4,8 polegadas para 5 polegadas, assim como a definição do touchscreen, que passou de um Super AMOLED de 1.280 x 720 para um impressionante Full HD de 1.920 x 1.080, com 441 pixels por polegada, contra 306 do S3 - segundo o Engadget, no entanto, a mudança de pixels é "pouco perceptível".
Na parte estética, o Galaxy S4 ficou mais fino, com 136,6 mm de altura, 69,8 mm de largura e 7,9 mm de espessura, contra 136,6 mm de altura, por 70,6 mm de largura e 8,6 mm de espessura do smartphone anterior. Ele também está ligeiramente mais leve, com três gramas a menos que os 133 gramas do Galaxy S3. As cores também serão duas, a branca (White Frost) ou preta (Black Mist).
As câmeras receberam um upgrade considerável em relação à geração passada, saltando de uma traseira de 8 para 13 megapixels, e uma frontal de 1.9 para 2 megapixels. Além disso, o novo Galaxy S4 traz a função Dual Camera, que permitirá que ambas funcionem ao mesmo tempo em fotos e vídeos, gerando composições curiosas entre a reação de quem está assistindo ou captando algo com a ação em si.
A capacidade de processamento também será maior. O S4 virá equipado com dois chips diferentes, dependendo da região onde for comprado: um Exynos de oito núcleos de 1,6 GHz, ou um Qualcomm de quatro núcleos de 1,9 GHz - a geração anterior vinha equipada com o Exynos 4 ou Qualcomm Snapdragon S4 MSM8960. Para segurar o tranco de processamento e funções, a bateria removível recebeu um upgrade da atual de 2,100 mAh do S3 para uma de 2,600 mAh no S4.
Impressões
Sites estrangeiros que já conseguiram colocar as mãos no dispositivo ficaram impressionados com o novo Galaxy S4. Uma das funções elogiadas é o novo Smart Pause, que permitirá ao usuário pausar o vídeo que estiver sendo reproduzido apenas ao desviar o olhar da tela - e resumindo a reprodução assim que ele olhar de volta.
"Funcionou sem nenhuma falha quando testei", afirmou o repórter da Wired, Nate Lanxon. Outra função que chamou a atenção do britânico foi a capacidade do S4 de interpretar gestos sem que os dedos da pessoa toquem na tela. Apesar de útil e "impressionante", a funcionalidade deu algum trabalho para o usuário. "Na minha demo, ele funcionou como pretendido, mas talvez bem até demais. Eu, naturalmente, deixava meu polegar a alguns centímetros da tela, como parte de um hábito natural, e assim acabava trazendo várias janelas de visualização que eu realmente não queria ver", explicou.
Segundo o Engadget, o "Galaxy S4 tem grande enfoque em características sobre o design, e um imenso desejo de mostrar o Android da melhor forma possível". O site, no entanto, pondera, apesar do número estonteante de opções que o novo S4 traz, qual será a penetração delas. "[As utilidades] nos fazem perguntar, porém, se o consumidor médio vai se tornar ciente de todas essas características adicionadas", questionou o repórter Joseph Volpe.
Para a equipe do The Verge, a função "mais ambiciosa" do S4 é o hub de saúde S Health, que utiliza os sensores internos, como pedômetro, sensor de umidade e temperatura, para detectar os níveis de exercício do usuário. Também é possível colocar no smartphone informações sobre hábitos de sono e alimentação. O site, no entanto, não considera o Galaxy S4 "revolucionário", mas afirma que uma revolução não é exatamente o que a Samsung precisa, dado o sucesso do seu smartphone anterior.
"É um telefone mais rápido, com uma tela melhor, uma câmera melhor e alguns recursos de software legais para a empresa que é quase sinônimo da palavra 'Android', o que pode ser suficiente para garantir mais um sucesso enorme", afirmou David Pierce.
Concorrência
Sendo o mais recente competidor a entrar na batalha pela liderança no mercado de smartphones, o Galaxy S4 leva várias vantagens sobre os aparelhos de outras marcas que estão no páreo, como o iPhone da Apple, o One da HTC, e o Lumia 920 da Nokia.
A tela é a maior entre os quatro dispositivos - o iPhone tem 4 polegadas, o HTC One tem 4,65 e o Lumia 920 tem 4,5 polegadas. A resolução, por sua vez, é a mesma do dispositivo da HTC, mas é superior à de 1135 x 640 e de 1280 x 768, do iPhone e Lumia 920, respectivamente. Na contagem de pixels por polegada, no entanto, o novo smartphone Samsung perde para o HTC One, que traz 468 ppi, contra 441 ppi do S4, 326 ppi do iPhone 5 e 332 ppi do Lumia.
Conhecida pelo design de seus produtos, a Apple leva a vantagem no peso do dispositivo, com o smartphone mais leve de apenas 85 gramas, contra 141 g do HTC e 170 g do Lumia. O design proprietário da Apple pode ser uma desvantagem para alguns usuários, já que o iPhone 5 é o único a utilizar o conector Apple Lightning, contra o microUSB padrão utilizado pelos outros três smartphones.
As opções de armazenamento são as mesmas entre os aparelhos, variando de 16 GB a 64 GB, com exceção do Lumia 920, que oferece apenas a opção de 32 GB. No quesito bateria a vantagem é do dispositivo da sul-coreana, com 2.600 mAh, contra 1.434 mAh do iPhone 5, 2.300 mAh do HTC One e 2.000 mAh do Lumia 920.
Na capacidade de processamento, o Galaxy S4 também tem vantagem sobre os outros dois dispositivos que usam o mesmo tipo de chip, o HTC com seu Snapdragon 600 de quatro núcleos de 1,7Ghz, e o Lumia com o Snapdragon S4 de dois núcleos de 1,5 GHz. A Apple utiliza seu próprio Apple A6 de dois núcleos, de cerca de 1,3 GHz.
E aí, acha que o Galaxy S4 valerá a pena? Ele deve chegar no Brasil já no próximo dia 26 de abril, por R$ 2.399 na versão 3G e R$ 2.499 na versão 4G.