John McAfee e Intel firmam acordo e encerram disputa judicial
Por Anderson Nascimento | 06 de Julho de 2017 às 11h07
John McAfee, ex-proprietário de uma das empresas mais valiosas do mundo na área de segurança cibernética, fechou um acordo com a Intel para encerrar uma disputa judicial nos Estados Unidos. De acordo com informações da Reuters, ambas as partes decidiram assinar o acordo, levando o juiz distrital dos Estados Unidos, Paul Oetken, a rejeitar o processo e cancelar qualquer tipo de punição a Intel.
O acordo determina que McAfee poderá continuar utilizando seu nome em outros produtos e em outras áreas, desde que não esteja associado com produtos e serviços de segurança cibernética e segurança. Para quem não se recorda, McAfee moveu uma ação em setembro de 2016 contra a Intel justamente depois de tentar renomear a MGT Capital Investments Inc. para John McAfee Global Technologies. A tentativa foi bloqueada pela Intel, que disse que a mudança infringiria suas marcas registradas, visto que a MGT está no ramo de "adquirir e desenvolver um portfólio diversificado de tecnologias de segurança cibernética".
Apesar das limitações, McAfee manteve seu direito de usar seu nome em propagandas, promoções e apresentações. Ele, no entanto, terá que escolher outro nome para a MGT, mas a possibilidade de utilizar o nome McAfee para ações de marketing certamente irá beneficiar a companhia.
A Intel comprou a McAfee em 2010 por US$ 7,7 bilhões, mas, posteriormente, a multinacional especializada em processadores fechou um acordo de venda de 51% das ações da McAfee LLC para a TPG Capital, uma empresa privada de investimentos. Assim, atualmente a Intel possui 49% da McAfee, parcela avaliada em US$ 4,2 bilhões.
John McAfee é um dos executivos mais polêmicos e extravagantes dos Estados Unidos. Sua personalidade e suas ideias têm rendido diversas manchetes ao logo dos últimos anos. Além da disputa judicial com a Intel, ele também foi manchete depois de ter se candidatado à presidência dos Estados Unidos, em uma tentativa de curta duração.
Fonte: Reuters