Pesquisa mostra que apenas 37% dos pais se preocupam com vida digital dos filhos
Por Ricardo Ballarine |
Uma pesquisa da Kaspersky Lab revela que apenas 37% dos pais estão preocupados com o que seus filhos podem acessar na internet. O aumento de dispositivos conectados na rede e disponíveis na família não mudou muito a percepção em relação ao conteúdo que as crianças possam ser expostas, seja ele inadequado ou explícito.
Há mais crianças e adolescentes usando smartphones, games e tablets, mas a atenção dedicada ao comportamento na rede é inversa. Outros dois números comprovam o descuido: 36% dos pais estão atentos à comunicação dos filhos com estranhos e 34% temem o bullying virtual.
Veja outros números que tratam do comportamento dos pais em relação à vida digital dos seus filhos:
- 38% conversam sobre os perigos da internet;
- 27% verificam o histórico de navegação;
- 21% estão conectados às redes sociais dos filhos.
No quesito segurança, a situação também não é muito animadora. O estudo mostra que somente 26% dos pais utilizam algum tipo de software de controle das atividades online.
E entre aqueles que não usam programas que limitam o acesso a determinados conteúdos na rede, 21% acreditam que as crianças devem aprender sozinhas a usar a internet com segurança.
Número de vítimas na rede
A pesquisa foi além e investigou o número de vítimas de alguma ameaça digital. De acordo com o levantamento, 41% das crianças estiveram expostas a intimidações no período de um ano anterior ao estudo. As ameaças englobam conteúdo inadequado, bullying virtual, contato com pessoas perigosas, acesso a pornografia, entre outras.
Para Andrei Machola, chefe de negócios ao consumidor da Kaspersky Lab, "os pais precisam ajudar seus filhos a conhecer melhor os computadores e implantar métodos de segurança". A consciência do perigo online é a melhor solução para evitar que os filhos sejam vítimas de algum crime.