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Rússia ordena bloqueio de sites que criticam o governo Putin

Por| 14 de Março de 2014 às 14h01

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Rússia ordena bloqueio de sites que criticam o governo Putin
Rússia ordena bloqueio de sites que criticam o governo Putin

Nesta quinta-feira (14), diversas operadoras de internet da Rússia receberam ordens governamentais para bloquear o acesso dos cidadãos a uma série de sites que criticam o presidente Vladimir Putin, o governo e suas recentes operações militares na Crimeia. Entre os atingidos estão líderes oposicionistas, como Alexei Navalny, e até mesmo celebridades, como o jogador de xadrez Garry Kasparov.

Os motivos para a interrupção nos acessos, segundo explica o site CNET, seria o fato de tais páginas incitarem ações ilegais ou estarem envolvidos em protestos públicos que “violam a ordem estabelecida”. As ordens são consideradas parte de um decreto governamental assinado em 2012, que sanciona o bloqueio de sites em território russo que tragam conteúdo ilegal ou ofensivo. A lei, porém, se relaciona à proteção do acesso infantil a conteúdo dessa natureza.

A ação vem sendo categorizada por órgãos internacionais como censura. A Electronic Freedom Foundation, por exemplo, acusou Putin e o governo russo de estarem violando a Declaração Universal de Direitos Humanos, além de estarem interferindo nos direitos dos cidadãos do país à liberdade de expressão e discurso.

Para a EFF, o bloqueio de sites informativos oposicionistas e páginas pessoais de celebridades que se opõem a Putin é bastante preocupante. A organização lembrou a todos que o acesso às páginas ainda é possível com o uso do navegador Tor, um projeto independente americano que promove o anonimato e liberdade na internet, além de ser voltado especificamente para casos como o da Rússia, no qual o governo cerceia a liberdade de acesso à informação de seus cidadãos.

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Essa não é a primeira vez que o governo russo tenta limitar o uso da internet. Desde 2012, Putin trabalha para modificar um tratado de telecomunicações da ONU que prevê o acesso irrestrito à rede. Segundo o governo russo, essa liberdade precisa ser cerceada quando páginas e serviços conectados tentem interferir em assuntos internos ou de segurança nacional, de forma a garantir a soberania e integridade dos países envolvidos.