Publicidade
Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Empresas de direitos autorais exigem que Netflix bana usuários de VPN

Por| 18 de Setembro de 2014 às 10h23

Link copiado!

Empresas de direitos autorais exigem que Netflix bana usuários de VPN
Empresas de direitos autorais exigem que Netflix bana usuários de VPN
Tudo sobre Netflix

A Netflix pode até estar disponível em todo o mundo, mas os conteúdos disponibilizados pela empresa em cada um dos territórios onde opera é bem diferente. Seja por questões regionais ou de licenciamento, um filme presente na edição brasileira pode ter sido recém-retirado da japonesa, enquanto os americanos apenas sonham com ter acesso a ele.

A solução para isso são as VPNs ou outros sistemas que mascaram a conexão, fazendo com que o IP do usuário pareça ser pertencente a outro país. É uma solução bastante usada pelos assinantes da plataforma para ter acesso a um conteúdo diferenciado, mas também é uma prática que está na mira das empresas detentoras dos direitos autorais e que agora pedem que a Netflix bana os usuários que utilizam tais ferramentas.

Por meio da AHEDA, uma entidade que representa distribuidoras como a Warner Bros., Universal, Sony Pictures e Fox na Austrália, os estúdios estão solicitando que o serviço de streaming impeça o acesso dos usuários por meio de proxies. De acordo com os dados da organização, atualmente cerca de 200 mil assinantes utilizam ferramentas desse tipo para acessar a versão americana do serviço, notoriamente conhecida por ter o maior acervo em todo o mundo.

A ideia do pedido é que essa prática impede a livre concorrência no país, fazendo com que a recém-chegada Netflix domine completamente o mercado. Além disso, o acesso via VPN às versões internacionais não resulta no pagamento de royalties para as distribuidoras locais e o alto número de usuários utilizando esse tipo de serviço acaba resultando em um lucro menor do que o esperado nas operações.

Continua após a publicidade

Por isso, veio a sugestão. O objetivo da petição, claro, não é bloquear os usuários pagantes de acessarem o serviço, mas sim restringi-los à versão local de seu país de origem. O pedido foi feito por uma organização australiana, mas que, se aceito, pode motivar a própria Netflix e outros órgãos internacionais a solicitarem medidas semelhantes.

Banimentos legítimos

Há, porém, um grande obstáculo pela frente que envolve a maneira que será usada pela empresa para separar o joio do trigo. Como distinguir os usuários de fora do país, que estão acessando o serviço de forma não regulamentada, dos assinantes legítimos que usam VPNs para proteger a própria identidade e manter o anonimato online?

De acordo com o site Torrent Freak, trata-se de uma dificuldade já enfrentada, por exemplo, pelo Hulu. Há alguns meses, em uma tentativa de coibir o acesso de usuários internacionais a conteúdo licenciado apenas nos Estados Unidos, a empresa baniu os IPs de diversos servidores de proxy conhecidos. O problema é que, ao mesmo tempo, diversos utilizadores americanos destas ferramentas também acabaram impossibilitados de acessar o serviço.

Continua após a publicidade

É um problema que aparentemente ainda não há solução, mas que não impediu que o Hulu seguisse adiante com o bloqueio. Uma alternativa sugerida pela rede inglesa BBC, por exemplo, é o monitoramento da banda consumida para identificar os padrões de uso de streaming contra o de outros usuários. É uma medida que ainda não foi implementada em lugar nenhum, mas que, quem sabe, pode servir como um contraponto para os banimentos por completo.