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Como a análise de dados pode tornar a aviação mais segura?

Por| 01 de Abril de 2014 às 22h32

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Como a análise de dados pode tornar a aviação mais segura?
Como a análise de dados pode tornar a aviação mais segura?

O mundo ainda está diante de um grande ponto de interrogação quando o assunto é o voo 370 da Malaysia Airlines, que saiu de Kuala Lumpur com destino a Pequim, na China, e desapareceu sem deixar vestígios. Enquanto as famílias aguardam por informações, especialistas em Big Data e segurança voltam seus olhos para as maneiras com as quais o desastre poderia ter sido evitado.

Em texto publicado no site Smart Data Collective, o analista Travis Korte, do Center for Data Innovation, elenca uma série de razões pelas quais a análise de dados oriundos de diversas fontes podem contribuir para maior segurança na aviação. Na visão dele, desde acidentes e atentados terroristas até meros desconfortos para os passageiros podem ser evitados com a análise de informações.

Para Korte, são quatro as áreas principais. A primeira delas é a luta contra o terrorismo, com as agências de segurança disponibilizando informações sobre suspeitos e procurados às companhias aéreas, que devem efetivamente fiscalizar as listas de passageiros. Esse tipo de análise, por exemplo, não foi feita no caso do voo 370, o que levou ao embarque de duas pessoas portando passaportes roubados.

O segundo ponto, que também depende das agências aéreas, é a instalação de sistemas que permitam um monitoramento constante das condições da aeronave, como sua utilização de combustível, a saúde do motor e a integridade do interior do avião, apenas para citar alguns exemplos.

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Tais informações devem estar disponíveis não apenas aos próprios pilotos, mas também para as empresas e controladores de voo, para que todos possa tomar decisões em caso de problemas. Assim, é possível antecipar falhas e, caso elas ocorram, saber exatamente o que as causou para que elas não se repitam.

Esse tipo de monitoramento também pode auxiliar em uma vigilância constante das rotas, de forma compartilhada entre todas as aeronaves que estejam voando sobre uma determinada região. Esse tipo de organização depende hoje dos controladores de voo, mas algum tipo de análise mais apurada a partir de dados enviados pelos próprios aviões, por exemplo, poderia ter evitado o acidente com o voo 1907 da Gol, que caiu no Mato Grosso após se chocar com um jato executivo.

Por fim, Korte cita o uso de dados meteorológicos pra que pilotos e controladores de voo possam melhor decidir as rotas a serem seguidas pelos aviões, de forma a evitar perigos pelo caminho e garantir uma viagem tranquila a todos os passageiros. Dados de GPS, por exemplo, podem auxiliar muito nesse sentido e é exatamente esse um dos focos de uma iniciativa do governo americano, chamada de NextGen.

A ideia é substituir os radares convencionais por um monitoramento via satélite, que forneceria dados mais precisos sobre a posição de aeronaves e também sobre o clima nas regiões de intenso tráfego aéreo. Assim, afirma Korte, as agências responsáveis também seriam conectadas de maneira mais simples e a iniciativa de um país pode acabar influenciando a aplicação das mesmas medidas em outros ao redor do mundo.