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LEGO Ninjago: linear e focado, mas sem deixar a variedade de lado

Por| 02 de Outubro de 2017 às 16h54

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LEGO Ninjago: linear e focado, mas sem deixar a variedade de lado
LEGO Ninjago: linear e focado, mas sem deixar a variedade de lado

Um grupo de adolescentes superpoderosos, com identidades secretas e sob a tutela de um mestre, lutando contra o mal e usando grandes robôs no processo. Poderia muito bem ser a premissa de Power Rangers, mas na verdade, estamos falando de LEGO Ninjago, título que traz aos consoles e PC a mesma ação que podemos ver, também, nos cinemas.

A comparação, aqui, não é exagerada e, inclusive, este é o tipo de game que os fãs dos heróis coloridos gostariam muito bem de ver sendo desenvolvido com os personagens da Saban no centro. Mas como isso ainda não é possível, permanecemos com a personalidade e carisma dos bonecos de plástico, que estão entre os brinquedos mais clássicos do mundo e que, há anos, também estrelam uma das franquias mais bem-sucedidas do mundo dos games.

Quem já jogou qualquer game da franquia sabe mais ou menos como as coisas funcionam. Em The LEGO Ninjago Movie Video Game, temos a mesma jogabilidade fluida e divertida de sempre, cheia de atrações para os colecionistas e com um enredo divertido, atrativo tanto para os pequenos quanto para os maiores. As crianças, entretanto, acabam sendo o principal público-alvo aqui.

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Ao levar a história das telas para os jogos, a TT Games também cria uma aventura bem mais linear e direta ao ponto, mas sem se limitar. O incentivo ao colecionismo e o fator replay permanecem, com mais de uma centena de personagens jogáveis - muitos deles redundantes em termos de habilidade, é verdade - e desafios que aparecem não só na primeira vez que se joga, mas que também incentivam os usuários a retornarem às fases em busca de segredos e habilidades que não puderam ser obtidos de início.

Além de personagens, itens também podem ser destravados aqui e usados na criação de personagens. As moedas, ou pecinhas de LEGO, também servem para esse mesmo fim. A adição de novos elementos em um estilo de jogabilidade já bastante expansivo cria uma reação em cadeia de geração de conteúdo que parece não ter fim — você sempre estará habilitando coisas novas, que liberarão outras novidades que darão acesso a mais delas, e assim por diante.

Um dos grandes focos aqui, entretanto, está no combate. Nesse aspecto, The LEGO Ninjago Movie Video Game traz um dos sistemas mais avançados a aparecem na franquia, pedindo que o jogador não apenas fique apertando o botão repetidas vezes, mas também trabalhe com combos e golpes de finalização.

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As diferentes habilidades de cada um dos ninjas também ajuda durante os confrontos, que podem ser abordados de diferentes maneiras. É claro, não há muito desafio e vencer os confrontos deve ser bem fácil, o que não torna a aventura menos divertida e satisfatória, principalmente com a explosão de dezenas de pecinhas de diferentes cores na tela quando se faz um trabalho bem feito, com golpes combinados e finalizações.

Aliás, falando em combates, não dá para deixar de citar as batalhas contra os chefes de fase, momentos em que a jogabilidade se transforma completamente. Aqui, deixamos de enfrentar os capangas para assumir o comando de grandes máquinas de combate, enxergando, na maioria das vezes, o cenário de cima.

Existem momentos em que estamos voando no meio dos prédios, enquanto em outros, atacamos os rivais que, também, estão a bordo de robôs. Mais um “momento Power Ranger” bastante interessante, e que apesar de um pouco repetitivos - sem os combos, aqui você só fica apertando o botão mesmo — trazem uma boa variação à jogatina.

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Todo esse foco em variação e diferentes formas de se jogar serve para dar a impressão de que o game, que possui oito fases e pode ser terminado em cerca de sete horas, é muito maior. Cada estágio, além de poder ser jogado de novo, conta também com um dojo, onde o jogador pode treinar as novas habilidades que vão sendo obtidas e estudar combinações de golpes contra inimigos que vão ficando cada vez mais fortes.

Ao contrário do que acontece nos outros títulos da franquia, também, The LEGO Ninjago Movie Video Game abre espaço para até quatro jogadores ao mesmo tempo, mas somente em um modo extra. Na campanha, seguimos com a tradicional, e meio esquisita, divisão de tela entre dois usuários simultâneos, enquanto, em Battle Maps, dá para competir contra os amigos ou se unir a eles em quatro modos diferentes.

Toda essa imensidão vem acompanhada de pequenos problemas visuais, como uma queda sensível na taxa de frames por segundo nos momentos de maior caos na tela ou detalhes repetidos pelos cenários, principalmente à distância. Não é como se a TT Games fosse uma expoente dos gráficos belíssimos jogos, já que sua concentração sempre foi na diversão, mas The LEGO Ninjago Movie Video Game não faz feio nesse sentido, apesar de também não impressionar.

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Ao basear o título em uma franquia original da própria empresa de brinquedos, percebe-se que a desenvolvedora teve um pouco mais de espaço para explorar, longe das amarras de personagens consagrados e nomes reconhecidos, que geram certa expectativa nos fãs. Entretanto, ainda assim, aqui, temos um game baseado em filme, e certas restrições ainda tiveram que ser seguidas.

Acima de tudo isso, porém, The LEGO Ninjago Movie Video Game é uma demonstração de que a TT Games ainda sabe como seguir adiante e de que maneira adicionar novidades para renovar o interesse em uma dinâmica que muita gente pode até taxar como saturada. Isso não poderia estar mais longe da realidade e aqui temos mais uma prova disso.