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Review: Hitman Absolution

Por| 07 de Dezembro de 2012 às 10h43

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Review: Hitman Absolution
Review: Hitman Absolution

Os jogos que levam o stealth como tema principal estão crescendo no mercado. Tudo começou com os títulos da série Splinter Cell, baseados nas obras do escritor Tom Clancy, e hoje chegam a um novo patamar com Hitman: Absolution, um dos melhores games do gênero e que faz parte desta leva de últimos lançamentos de 2012.

A franquia foi um marco em 2000, quando o primeiro game revolucionou os jogos de espionagem. Ao invés de tiroteios e cenários de guerra, a trama desafiava os jogadores a se infiltrar em lugares restritos usando uma perspectiva elegante para evitar ser detectado - o que não quer dizer evitar a força bruta em alguns momentos.

Sob o comando da IO Interactive, Absolution chega para concluir as lacunas deixadas há seis anos em Hitman: Bloody Money e reinventar a história do protagonista, o Agente 47. E o resultado final é bastante satisfatório, mesmo levando em conta alguns bugs encontrados pelo caminho.

Visual primoroso

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Desde os primeiros trailers, Hitman: Absolution impressiona pelos gráficos. As imagens em alta definição exibem ambientes ricos em detalhes com efeitos de luz muito bem trabalhados em todas as fases do jogo.

Exemplo disso é a variedade de texturas durante os primeiros capítulos, desde um bairro lotado de pessoas comemorando o ano novo chinês até o interior de um prédio com paredes pintadas de várias cores. A chuva é outro fator que chama atenção pelo alto nível de qualidade.

Essa noção de realismo também está presente nas expressões faciais dos personagens. É incrível ver que até na hora da dublagem e sincronia, os rostos dos coadjuvantes da história se parecem cada vez mais com pessoas de verdade - em especial o próprio Agente 47, que em sua CG de abertura tem um prato cheio para quem gosta de belíssimos visuais.

1001 formas de concluir as missões

Goste ou não, os games com jogabilidade linear estão cada vez menos na lista de favoritos dos usuários, que agora preferem títulos bem mais interativos. E em Hitman: Absolution não é diferente: a graça do jogo é poder seguir o caminho que quiser e eliminar seus alvos por inúmeras maneiras diferentes, com a possibilidade de alterar o rumo do percurso escolhido.

Em um dos primeiros capítulos, por exemplo, você deve executar o rei de Chinatown. Por todo o ambiente, estão espalhados objetos que podem ser usados para tramar o assassinato, como sabotar o sistema de eletricidade, envenenar a comida do magnata ou chamar a atenção dele usando o alarme do carro. E essa diversificação é em todo o título; algumas fases chegam a ter mais de 10 formas distintas de concluir o objetivo.

A criatividade está até no que você usa para aniquilar os inimigos. Podem ser garrafas, facas, chaves de fenda, martelos, estátuas de pedras, enfim, uma variedade muito bem pensada pela IO Interactive e que promete entreter os jogadores por um bom tempo, sem enjoar.

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Instinto assassino

Além das várias maneiras de finalização, uma das principais novidades é o Instinto Assasino - algo como o Modo Detetive dos jogos Batman: Arkham Asylum e Batman: Arkham City. Ao ativar o recurso, o Agente 47 pode enxergar todos os inimigos do cenário e prever para onde cada um deles irá seguir.

A ferramenta também serve para passar despercebido toda vez que o personagem usar o mesmo traje de seus alvos. Assim, o uso do Modo Instinto é necessário em boa parte da história, pois facilita criar emboscadas silenciosas e aumentar sua pontuação.

Por outro lado, o Instinto funciona em momentos de alta tensão com outra nova habilidade: o Point Shooting. Através de uma barra de energia localizada no canto direito da tela, é possível deixar o game em câmera lenta, marcar os inimigos e assassiná-los com uma sequência rápida de tiros.

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Trilha sonora impecável

Outro ponto que merece destaque em Hitman: Absolution são os efeitos sonoros. Com temas orquestrais, as músicas parecem ter sido tiradas de grandes filmes de espionagem da história do cinema, como Missão Impossível e 007.

O tom sombrio e cheio de batidas no estilo stealth aumenta o clima de adrenalina nas missões, já que a sonoridade varia de acordo com a situação. A experiência é ainda mais primorosa se o game for jogado acompanhado de fones de ouvido.

Modo "Contracts"

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Algo muito divertido no novo Hitman é a modalidade de Contratos. Nela, os jogadores podem criar assassinatos personalizados e colocá-los na internet para que outras pessoas possam concluí-lo.

O sistema é bem simples: o usuário escolhe uma fase, uma roupa e alguns equipamentos. Feito isso, ele deve marcar até três alvos diferentes para que os demais jogadores possam entrar no game e experimentar o seu desafio. Terminar um desses desafios gera dinheiro para comprar novas habilidades, e os resultados com os melhores placares são exibidos em uma tabela de classificação.

Pontos negativos? Sim, eles existem

Apesar do ótimo leque de opções para concluir as missões, o novo game do Agente 47 apresenta uma série de bugs, como ver inimigos atravessando paredes e outros objetos. A princípio parece normal, mas pode incomodar bastante no decorrer do jogo.

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Outro detalhe são os objetos espalhados pelo cenário. É possível usar boa parte deles, mas não todos eles, dando uma sensação de liberdade limitada: se posso usar um martelo para chamar a atenção dos inimigos, por que não posso usar um vaso de flores também? Lendo isso não parece ser lá grande coisa, mas na hora do jogo faz toda a diferença.

Conclusão

Assim como muitas franquias perdem o seu brilho ao longo dos anos, a IO Interactive conseguiu alinhar a história do Agente 47 em Hitman: Absolution e dar um novo rumo à franquia. É o melhor game da série, e um dos melhores do gênero stealth.

O jogo tem uma trama sólida e aberta para total personalização do jogador, permitindo a construção de situações mais furtivas ou com um pouco mais de ação. Isso sem contar os gráficos, que estão belíssimos, quase como se fossem uma pintura.

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Mesmo com um bug aqui e ali, o game é uma excelente dica para quem adora títulos de espionagem.