Leilão de satélite brasileiro não recebe nenhuma oferta
Por Rodrigo Freitas |
O leilão do satélite geostácionario estatal SGDC (sigla para Satélite de Defesa e Comunicações), realizado nesta terça-feira (31) não teve nenhuma oferta apresentada.
A iniciativa era a de se leiloar parte da capacidade do satélite para uso civil, sobretudo para o fornecimento de internet de banda larga para regiões remotas do país. Com duas bandas de telecomunicações ( a Ka, para internet de banda larga, e a X, para defesa) o satélite foi construído pela empresa francesa Thales, e adquirido posteriormente em consórcio entre Embraer e Telebras.
O satélite que está em órbita desde maio deste ano, foi concebido como parte do Plano Nacional de Banda Larga, ainda em 2010, e ganhou mais importância após a descoberta da espionagem americana em e-mails da então presidente da República, Dilma Rousseff.
A ideia era de que a própria Telebras atendesse à demanda de uso civil para distribuição da banda larga, porém, com déficit apresentado nas contas, ela precisaria de subsídio do governo para realizar o trabalho. Por isso o leilão foi apresentado para as empresas privadas.
Contudo, existem rumores de que o preço mínimo da concessão estaria alto demais, afugentando eventuais interessados. Após o fracasso do leilão a Telebras estuda alternativas, entre elas a apresentação de uma nova licitação ou até mesmo assumir toda a operação de uma vez.
A expectativa é que a banda larga fornecida pelo SGDC possa atender 30 mil escolas e 20 mil unidades de saúde.
Fonte: Folha de S.Paulo