Disney+ chegará à América Latina em novembro
Por Felipe Demartini | 05 de Agosto de 2020 às 12h10
Ao divulgar que ultrapassou a marca de 60 milhões de assinantes, a Disney também reforçou uma informação que traz esperança a muita gente: o Disney+ deve mesmo chegar à América Latina em novembro. A informação foi dada pelo diretor executivo da empresa, Bob Chapek, em conferência que apresentou os resultados relacionados ao segundo trimestre de 2020.
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A notícia não acompanhou os detalhes mais esperados sobre o lançamento, principalmente no Brasil, que já havia sido confirmado para novembro. Preços e uma data específica para chegada do Disney+ em nossas terras não foram revelados, mas, de acordo com o executivo, a América Latina se torna o próximo mercado no qual a empresa lançará seu olhar após lançamentos bem-sucedidos na Europa e na Índia.
O país, inclusive, é considerado um dos centros da operação do Disney+ na Ásia e foi citado como um grande alavancador da marca de 60,5 milhões de assinantes anunciada pela empresa. O número trouxe um motivo adicional de comemoração, com a plataforma de entretenimento conseguindo em menos de um ano o que esperava obter apenas em 2024.
Em seu relatório financeiro, a empresa citou grandes franquias e títulos como alguns dos principais alavancadores desse crescimento, mencionando o sucesso da série O Mandaloriano, baseada no universo de Star Wars, e o lançamento do musical Hamilton como grandes atrativos. Além disso, a pandemia do novo coronavírus e a busca maior das pessoas por entretenimento em casa motivou um aumento considerável nas assinaturas.
Novamente, os grandes filmes, principalmente animações e infantis, motivaram muita gente a assinar o Disney+ para as crianças, enquanto os mais velhos também contam com uma bela seleção de longas da Marvel, seriados e filmes licenciados ou não. Diante do cenário, a empresa também adiantou o lançamento do mais recente Star Wars, A Ascensão Skywalker, na plataforma.
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Outros lançamentos do cinema também tiveram sua disponibilização adiantada, como foi o caso de Frozen 2 e Dois Irmãos: Uma Jornada Fantástica, que chegou à plataforma de streaming semanas depois de seu lançamento nas telonas. E enquanto as salas permanecem fechadas, a empresa continua a tomar atitudes desse tipo, inclusive, gerando controvérsias como a que envolve a chegada de Mulan, longa originalmente planejado para os cinemas que estreará em streaming com uma mecânica diferente, exigindo um pagamento extra além da assinatura para ser assistido.
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Apesar do sucesso aparentemente imediato, a Disney manteve suas previsões iniciais de crescimento para o serviço. Originalmente, a ideia era que a plataforma tivesse entre 60 milhões e 90 milhões de assinantes até 2024, com a meta máxima permanecendo a mesma enquanto os trabalhos continuam em termos de expansão territorial e lançamentos.
União de poderes
No total de seu ecossistema, já são mais de 100 milhões de assinantes na soma dos três serviços da companhia. Além do Disney+, a empresa também administra o Hulu, com 35,5 milhões e focado em séries e com direito a disponibilização de episódios assim que a exibição na TV termina, e o ESPN Plus, voltado para os esportes e com o restante dos 8,5 milhões.
A empolgação com o streaming é tamanha que, durante a conferência, a Disney também revelou planos de lançar mais uma plataforma para reunir as séries e filmes de estúdios como ABC, FC, Fox e Searchlight. A ideia é criar uma plataforma que seja voltada ao “entretenimento geral” e que não trabalhe com conteúdo licenciado, disponibilizando apenas produções próprias como forma de alavancar o interesse sem aumento nos gastos.
Com previsão de chegada para o ano que vem ao mercado internacional, o serviço deve carregar a marca do canal Star, como forma de atrair usuários a partir das ofertas já conhecidas. A ideia é que a nova plataforma utilize a infraestrutura e recursos do Disney+ e funcione como uma espécie de versão alternativa do Hulu fora dos Estados Unidos, onde, na visão da empresa, a plataforma não é tão conhecida assim.
Assim como no caso do lançamento latino do Disney+, mais detalhes não foram dados e, aqui, as informações permanecem ainda mais no ar. Não se sabe ao certo quando o serviço será liberado, qual sua faixa de preço e os países sondados para sua disponibilidade inicial.