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Busca-se-se engenheiros de software e dados — a área de TI da XP Inc. acelera

Por| 02 de Outubro de 2021 às 09h00

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Não é exatamente uma novidade que as empresas mundo afora estão disputando a tapa profissionais de tecnologia. Apenas no Brasil, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até 2024, 421 mil postos de trabalho serão criados no setor no país. No entanto, os cursos superiores da área formam menos de 50 mil profissionais da área anualmente. Ou seja, falta (muita) gente nesse mercado.

Por isso, as empresas precisam ser cirúrgicas na hora de atrair talentos para os seus quadros. E isso envolve não apenas oferecer bons salários e benefícios, mas também planejamento na contratação, o que envolve um alinhamento entre as áreas de TI e Recursos Humanos. E, nesse último, o setor exige cada vez mais profissionais com conhecimentos específicos para que a seleção de candidatos seja certeira.

E é aí que entra o tech recruiter, um profissional de RH especializado na contratação de talentos para a área de tecnologia. Este especialista consegue entender não apenas as chamadas soft skills, mas também as hard skills (conhecimentos específicos em TI), para que o candidato esteja alinhado com os projetos de transformação digital da companhia.

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E para explicar como funciona o processo de contratação de profissionais para sua área de TI, o Canaltech conversa semanalmente com tech recruiters das maiores empresas do Brasil, além de startups. No papo, eles explicarão como todo processo é realizado, quais os perfis mais buscados e como essas companhias atraem — e retêm —esses talentos.

 E na edição de hoje, nós conversamos com Guilherme Lachner, Sócio e Head de Tech Recruiting na XP Inc, uma das maiores empresas brasileiras de gestão de investimento e que, nos últimos anos, colocou a Tecnologia como ponto central de seu negócio. 

E na entrevista, ele fala como a empresa seleciona os profissionais de TI, o papel dos tech recruiters, o processo de recrutamento e muito mais.

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Confira como foi o papo

Canaltech - Atualmente, como está o ritmo de contratações de profissionais de TI pela XP Inc.? A empresa tem planos de crescimento na área para os próximos meses?

Guilherme Lachner: Temos contratado em média, levando em consideração o último trimestre, 150 profissionais de Tecnologia (Dados, Design, Produto e Engenharia) por mês.

Nosso plano de crescimento está conectado com a expansão da XP Inc. Hoje, a tecnologia está cada vez mais no core da empresa. Estamos expandindo as nossas áreas de atuação, focando sempre no cliente e, enquanto essa expansão acontecer, seguiremos contratando.

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CT - Atualmente, para quais posições a  XP Inc. mais tem buscado profissionais para a sua área de Tecnologia? Engenheiros, desenvolvedores, Big Data, Inteligência Artificial?

G.L.: Atualmente, o maior volume de contratações é nas áreas de Engenharia de Software e Dados.

CT - Ao iniciar o processo de contratação de profissionais de TI, como é feito o planejamento entre o RH e a área de Tecnologia da XP? Que informações são trocadas entre os dois setores?

G.L.: Temos uma troca bastante transparente e contínua. Estamos sempre discutindo indicadores de talentos externos e internos para pensar não apenas no volume de contratação, mas sim sobre quem vamos contratar. Dessa maneira, garantimos que teremos pessoas certas nos lugares certos que somariam à nossa cultura e expertise técnico.

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CT - Que conhecimentos o profissional de RH da XP hoje tem para selecionar profissionais de TI para os quadros da empresa? Ele tem acesso a alguma categoria de curso para poder selecionar com mais propriedade para essa área?

G.L.: O conhecimento técnico vai variar bastante em função da posição que a pessoa irá exercer na empresa. Como existem diversas funções na tecnologia, é difícil colocar todo mundo em uma caixinha. O que eu destacaria é o comportamento e a atitude da XP – a pessoa tem que ser curiosa intelectualmente. O mais importante é a cultura na hora de contratar.

O perfil do recrutador hoje é baseado em alguns pilares e especializado em: entrevistas, experiência da pessoa candidata, visão de negócio e inteligência de mercado, gestão de stakeholders e design de processos. O recrutador cada vez mais tem se tornado um profissional capaz de identificar as necessidades dos clientes internos e do negócio e transformar essas dores em requisitos para identificar os profissionais certos no mercado em termos de skills técnico e comportamental.

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CT - E o que a XP busca hoje, de forma geral, em um profissional de TI? A empresa prefere investir em um profissional mais, por assim dizer, pronto? Ou opta por alguém que possa ser moldado "dentro de casa"? Ou há espaço para esses dois perfis?

G.L.: Adoramos mesclar perfis na formação das squads, garantindo uma diversidade de background e experiências. É importante ter profissionais seniores que atuarão não só em códigos e algoritmos mais complexos, bem como exemplos para os profissionais mais juniores, que estão em começo de carreira.

CT - De forma geral, como funciona o processo seletivo de um profissional da área de Tecnologia na XP? Por quantas etapas o candidato passa antes de ser contratado?

G.L.: Majoritariamente, nosso processo é composto por 4 grandes etapas. São elas: Aplicação, Qualificação (etapa com teste cultural e técnico), Entrevistas (nesse momento tem contato com o time de Gente e seus possíveis futuros pares, líderes e stakeholders) e por último a oferta.

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Os feedbacks são constantes e acontecem a cada etapa, de modo a evitar que a pessoa candidata fique muito tempo sem um retorno do nosso time.

CT - Uma pesquisa recente da HR Tech Vulpi aponta que 75% dos profissionais de TI abandonam um processo seletivo quando há algum teste técnico muito longo no mesmo. Logo, como a XP pode equacionar essa questão: a necessidade de conhecer as qualificações dos candidatos, sem precisar aplicar testes demasiadamente longos?  

G.L.: Acreditamos que testes, quando bem aplicados e construídos, são divertidos, desafiadores e rápidos de realizar. Esse tem sido o nosso mote aqui no time – criar um processo seletivo que pareça uma jornada em que a pessoa candidata saia um profissional melhor do que quando entrou.

Os testes servem para ajudar pessoa candidata e recrutadores a darem match. Quando os testes são construídos apenas para melhorar a vida do time de recrutamento, estão fadados ao fracasso por carecer de uma visão centrada na figura da pessoa candidata que, no universo de tecnologia, está num mercado altamente aquecido e cobiçado por outras grandes empresas.

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CT - Como a XP vem lidando com a escassez de profissionais de TI no mercado? Quais os cuidados a empresa vem tomando para acertar no perfil do profissional contratado?

G.L.: Sabemos dessa escassez, é um desafio para as companhias e em especial para a XP Inc., que tem acelerado sua transformação como uma empresa de tecnologia. Por isso, ao longo desses meses, lançamos uma série de iniciativas com parceiros como Reprograma, Trybe e Resilia, com o objetivo de formar e capacitar profissionais da área, além de trazer a diversidade para o mercado.

Acreditamos que pessoas são parte chave do sucesso da XP do futuro. Nosso foco é aliar diversidade, qualidade e velocidade no processo seletivo. Diversas vezes nos sentamos com o time para discutir a nossa estratégia e quais das três variáveis vamos priorizar para cada estratégia.

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Sabemos que agilidade é fundamental dado o aquecimento do mercado, no entanto, a pior contratação é aquela que é feita com pressa, deixando de avaliar pontos críticos para a decisão de contratar. No fim é ruim para os dois lados. Construímos um processo seletivo que é ágil, hoje demoramos em média 20 a 25 dias para contratar um profissional de tecnologia, mas que não abre mão da qualidade e diversidade para contratar. 

CT - E como a XP trabalha com a retenção de talentos em uma área tão disputada e onde o índice de turnover é considerado alto?

G.L.: Passamos encarar a palavra retenção como engajamento. A diferença conceitual é que reter nos parece estar mais inclinado a alguém que já quer sair e o engajamento é o que mantem a cultura e a energia vibrante na companhia.

Estamos construindo estratégias de engajamento em diversos campos, não financeiros e financeiros. Rodamos pesquisa de clima e cultura para a nossa comunidade de tecnologia e a partir dos resultados desdobramos as ações para os nossos colaboradores.

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Por exemplo, no passado havia discussões internas sobre ritmo de trabalho e equilíbrio de vida entre os times de tech. Construímos uma agenda de ações de bem-estar e saúde mental e criamos uma pesquisa que mensuramos a qualidade das ações mensalmente. Criamos uma agenda de off-site e happy hours remotos, bem como a short-Friday.

Acreditamos que a longa-performance está conectada a qualidade de vida e saúde mental, por isso é um tema prioritário para a área de Gente e Gestão e da liderança de Tecnologia.


CT - Com o trabalho remoto ampliado devido à pandemia de Covid-19, abriu-se espaço para que as empresas contratem profissionais de todas as partes do país. A XP trabalha com esse modelo de Anywhere Office? Em caso positivo, ela vale também para profissionais do exterior ou fica restrito ao Brasil?

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G.L.: Flexibilidade e autonomia são pilares fundamentais da nossa estratégia de atração e o #XPAnywhere foi uma grande alavanca de performance na contratação de pessoas ao redor do Brasil e do mundo. Hoje temos diversos profissionais de áreas como Growth, Produtos e Engenharia morando no exterior. E no Brasil, possuímos profissionais morando em todos os estados do país.

CT - Hoje, qual a remuneração média oferecida pela XP nos níveis Júnior, Pleno e Sênior em sua área de TI? Os colaboradores também têm pacote de benefícios?

G.L.: Preferimos não divulgar porque queremos atrair as pessoas pelo desejo em trabalhar na XP e crescer junto conosco, não somente pela remuneração. Mas, podemos dizer que o pacote de benefícios e remuneração é bem competitivo em relação ao mercado.

E a XP Inc. está com diversas vagas abertas e anuncia novas posições constantemente. Acesse a página de carreiras da empresa, veja quais oportunidades se encaixam em seu perfil profissional e boa sorte!