Em entrevista, Eduardo Saverin diz o que pensa sobre o Facebook
Por Joyce Macedo | 21 de Fevereiro de 2013 às 16h34
Durante uma conferência do The Wall Street Journal, realizada para estimular a inovação em Cingapura, o brasileiro cofundador do Facebook, Eduardo Saverin, concedeu uma entrevista a Almar Latour, editor executivo do famoso jornal norte-americano, sobre diversos assuntos.
Atualmente, Eduardo mora em Cingapura e tem investido dinheiro em startups asiáticas, como uma espécie de "investidor anjo". Ele diz que acredita que lá seja o futuro. "Se você olhar para o crescimento da Internet e da telefonia celular, a Ásia é o centro em termos de onde o usuário e a base de consumidores vai estar no futuro, por isso é fenomenal para mim vir aqui e aprender", disse ele.
Em relação ao Facebook, ele diz que é difícil alguma outra rede social conseguir alcançar seu sucesso, mas também ressaltou que "há muitas empresas tecnológicas com inúmeros recursos e trabalhadores muito experientes que estão tentando ganhar o seu espaço".
Ele ainda completa dizendo que "o maior risco é crescer muito depressa. Quando se cresce muito depressa, é difícil educar". Quando perguntaram se ele achava que o Facebook deveria comprar o LinkedIn, ele apenas disse que realmente não sabe e que deveriam perguntar isso para Mark Zuckerberg ou outra pessoa da empresa. "Eu não sou um especialista", disse.
O investidor também explica que não está tentando recriar o sucesso da rede social, e que nem tudo que faz na vida está relacionado a "um novo Facebook". Agora ele se diz focado em ter certeza de que o que faz é gratificante para ele e para outras pessoas.
Imagem: Reprodução (The Wall Street Journal)
Mais uma vez o brasileiro negou os rumores de que ele se mudou para Cingapura e renunciou ao seu passaporte dos EUA para tirar proveito de impostos mais baixos na cidade-estado, dizendo que foi uma "decisão pessoal" que não tinha nada a ver com dinheiro. "Eu realmente não olho para o dinheiro como algo que eu preciso. Eu só quero ser feliz."
Eduardo, que se mudou para Cingapura há quase quatro anos, foi eleito em 2012 pela revista Forbes como o oitavo homem mais rico do país, com uma fortuna estimada de US$ 2,2 bilhões.