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Vale a pena comprar um PC All-In-One?

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Os PCs All-In-One tentam se apresentar como o melhor de dois mundos e, para muitos usuários, realmente são. As máquinas, às vezes também chamadas de “computador TV”, reúnem o minimalismo de um notebook e o fato de ter todos os seus componentes em uma peça “única” com as telas maiores dos monitores dos desktops, uma boa principalmente para quem consome mídia com frequência.

Com seu design arrojado e preços muitas vezes competitivos, não é à toa que as máquinas dessa categoria invadiram as prateleiras das grandes lojas brasileiras. Eles ficam bonitos em exposição e podem ser a solução perfeita para quem quer economizar espaço na mesa ou quer deixar um escritório bonito, sofisticado e, principalmente, com pouco ou nenhum fio aparente.

Mas será que vale a pena comprar um All-In-One e contar com todo esse foco no design em seu uso diário? Para ajudar a responder essa pergunta e orientar sua escolha, confira alguns prós e contras desse tipo de PC.

Beleza e economia de espaço

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Não importa a faixa de preço, os All-In-Ones sempre terão um cuidado com o design. Por serem máquinas que trazem todos os elementos de um PC completo dentro de si, esses computadores ganham destaque na mesa e precisam ser bonitos e sofisticados. É comum encontrar modelos coloridos, principalmente em branco, prata e cinza, bem como aqueles que possuem pezinhos de metal e curvas diferentes, muitas vezes se assemelhando às smart TVs.

Eles também ocupam bem menos espaço na mesa, mesmo nos modelos maiores. Eles não costumam permitir o uso de suportes para serem presos à parede, mas em uma primeira olhada, a diferença em relação a uma smart TV termina aí. Novamente, as dimensões costumam ser semelhantes, mas com os equipamentos sendo um pouco mais grossos — afinal de contas, além da tela, ele precisa abrigar os componentes que o fazem funcionar — e ligeiramente maiores, para que caixas de som possam ser acopladas, normalmente, às laterais ou parte inferior frontal.

As fabricantes também costumam tomar cuidado especial com a fiação externa, criando caminhos na base para que os cabos possam ser ocultados da vista, enquanto entradas USB costumam ficar na parte de trás, também de forma a esconder periféricos e dispositivos conectados. Nas faixas de preço mais altas, também é possível encontrar All-In-Ones que acompanham mouses e teclado sem fio, e nada impede que o próprio usuário utilize esses dispositivos adquiridos separadamente.

O resultado, na maior parte das vezes, é um aparelho compacto e versátil. Os desktops All-in-One podem integrar a decoração e, caso você decida mudar a disposição das coisas em sua mesa, podem ser movidos facilmente, normalmente exigindo apenas uma tomada, já que a conexão com a internet se dá pelo Wi-Fi.

Preços competitivos

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Os All-In-Ones também podem ser uma alternativa interessante para quem não precisa da mobilidade de um notebook. Com a compra de um computador dessa categoria, o usuário também pode contar com telas maiores em relação aos portáteis convencionais, caixas de som melhores que as embutidas em laptops, bem como teclados mais confortáveis para digitação e mouses externos, bons para quem vai usar a máquina para trabalhar.

Uma pesquisa rápida em grandes varejistas exibe All-In-Ones baratos, com telas de 18 polegadas, por cerca de R$ 1.000, enquanto versões maiores, com 24,5 polegadas, saindo por aproximadamente R$ 2.300. Entretanto, na mesma loja, um notebook de tela semelhante custa R$ 6.000. Mas, a bem da verdade, o tamanho também acompanha configurações melhores, já que laptops com display desse tamanho normalmente são voltados para um público gamer ou profissional.

Televisão digital

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Já falamos das telas maiores dos All-In-Ones como atrativos para quem consome mídia no computador, e os fabricantes também estão de olho nesse potencial, lançando máquinas que também fazem as vezes de televisores. Não são muitos os modelos com conversor digital disponíveis no Brasil, mas eles existem, e essa junção pode ser atraente para quem não tem espaço para os dois aparelhos em um mesmo local.

O valor, claro, é mais alto, com as poucas versões disponíveis no varejo não saindo por menos de R$ 3.000. O lado bom é que os recursos funcionam de forma independente, não sendo preciso ligar o computador para assistir à televisão, e a procrastinação é garantida já que é possível fazer as duas coisas simultaneamente na mesma tela.

Baixo poder de processamento

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Esse quesito nos leva, porém, ao primeiro contra dos All-In-Ones. É interessante pensar neles como notebooks, apenas instalados em uma carcaça diferente e acompanhando displays maiores. Por dentro, na maioria dos modelos, as especificações não mudam e até mesmo placas-mãe, processadores e outras peças dos laptops aparecem por aqui devido à mesma necessidade de bom uso do espaço e resfriamento que unem as duas categorias de aparelhos.

Sendo assim, como nos notebooks, a exigência por mais poder também influencia no preço e ambos caminham lado a lado até o infinito, com a diferença que, no caso dos All-In-Ones, muitas vezes nem mesmo é possível encontrar configurações robustas, ao contrário do que acontece com notebooks gamers e profissionais.

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No varejo brasileiro, é possível encontrar modelos com processador Intel Core i7 e até 16 GB de memória RAM nas faixas de preço mais altas. Mas bastou tentar adicionar uma placa de vídeo para que o preço explodisse, enquanto as opções disponíveis rareavam e, normalmente, estavam limitadas a placas da linha MX, da Nvidia, justamente voltadas a dispositivos portáteis e abaixo do poder das GeForce GTX.

Essa olhada rápida deixou um aspecto bem claro: quem procura principalmente potencial gráfico não tem muito espaço no mundo dos All-In-Ones, mesmo estando disposto a pagar caro por isso, como acontece no setor de notebooks. Nos portáteis, dá para encontrar configurações equivalentes às de desktops gamers, mas nestas máquinas unificadas, isso é praticamente impossível.

Dificuldade de upgrades

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Outro aspecto negativo importado dos notebooks também aparece aqui, com os All-In-Ones sendo produtos prontos e fechados em um pacote, com pouco espaço para customização e mudanças fora das opções disponíveis pelo fabricante. A compra de uma configuração mais potente garante longevidade, mas muitos de seus aspectos jamais poderão ser mexidos.

Ao contrário do que acontece com um desktop, a troca de componentes internos costuma ser dificultada pelos mesmos elementos de design que garantem o estilo compacto e arrojado destes computadores. Por isso, nada de trocar o processador por um mais potente ou substituir a placa-mãe e os componentes internos, aproveitando a carcaça.

Normalmente, as possibilidades de substituição se resumem à troca de HDs ou SSDs e, no máximo, à adição de mais memória RAM — isso quando eles não estão soldados. O restante é imutável, portanto é melhor analisar bem as opções antes de comprar.

Quebrou, acabou

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All-In-Ones são uma peça única, o que significa que, se uma delas quebrar, você terá que levar todo o conjunto para o conserto. Queimou um USB? A tela apagou, mas o restante da máquina funciona normalmente? Não há o que fazer, a não ser conviver com os problemas ou lidar com o fato de que você vai ficar sem computador por um tempo.

É um mal também dos notebooks, amenizado apenas para os usuários de desktop, que podem usar o vídeo nativo caso se vejam sem GPU, por exemplo, ou podem trocar rapidamente pentes de memória RAM por outros, sem saírem de casa, apenas comprando o componente necessário na loja. E, mais uma vez, entra em jogo a já citada dificuldade de upgrades, exigindo, muitas vezes, uma troca completa (e cara) de toda a máquina devido à falha em um de seus aspectos, apenas.

Por compartilharem componentes usados também em notebooks, muitas fabricantes garantem disponibilidade de peças de reposição em oficinas autorizadas. Mas, aqui, também há de se levar em conta que muitos desses produtos são criados e vendidos de forma dedicada, o que significa que, uma vez que saiam de linha, seus componentes também podem ir junto, com a morte de seu All-In-One decretada por um problema em um de seus componentes, enquanto todos os outros ainda têm lenha para queimar.

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Mas e aí, vale a pena?

A resposta, como quase tudo que envolve tecnologia e informática, é um grande “depende”. A decisão vai de acordo com o seu perfil enquanto usuário, o espaço disponível e, também, até que ponto você está disposto a pagar por um pouco mais de design ou deseja se livrar dos sempre incômodos fios passando por trás da mesa.

A ideia geral é que os All-In-Ones podem se comportar como uma alternativa interessante para quem busca uma opção mais arrojada, quer um computador para trabalhar e deseja ter um escritório mais sofisticado, limpo e decorado. As telas maiores em relação aos notebooks chamam a atenção, assim como o design, mais bonito e interessante, normalmente combinando com os teclados e mouse que costumam acompanhar os PCs.

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As opções que acompanham TV digital são interessantes para quem tem pouco espaço, enquanto quem assiste bastante Netflix também está bem servido com as telas maiores e as caixas de som dedicadas, normalmente com qualidade maior que as de um notebook convencional.

A coisa deixa de ser tão cristalina, porém, na medida em que há necessidade de mais poder de fogo. Os All-In-Ones não são recomendados para quem quer jogar já que, apesar dos displays grandes e boas opções de processador e memória, os modelos deixam a desejar quando o assunto é GPU, além de terem upgrade complexo e, muitas vezes, impossível.

Ao contrário do que acontece com os notebooks, mesmo nas faixas de preço mais altas, é praticamente impossível encontrar modelos que deem conta do recado. Há de se levar em conta, também, os malefícios do design “tudo em um”, que implicam em ficar sem o computador inteiro caso a quebra de um componente obrigue a visita à assistência.

No final, a ideia é refletir sobre os próprios hábitos e pensar de que maneira o computador será utilizado. Na sequência, olhe o espaço disponível e faça as contas para saber se vale a pena ou não comprar um All-in-One.