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SurveyMonkey: a empresa que descobriu o Brasil como mercado para suas pesquisas

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SurveyMonkey: a empresa que descobriu o Brasil como mercado para suas pesquisas
SurveyMonkey: a empresa que descobriu o Brasil como mercado para suas pesquisas

Atualmente, parte do cotidiano de milhares de pessoas e das decisões que tomam são pautadas por resultados de pesquisas. Estudos e levantamentos são produzidos em diversos setores da sociedade contemporânea, do meio acadêmico, dentro de empresas e suas complexas estruturas. Mas, para conduzir estudos necessita-se de um método eficaz e de uma plataforma segura e com base nisso, Ryan Finley fundou em 1999 a SurveyMonkey, hoje, a maior plataforma de questionários online do mundo.

Logo após sua formatura, Finley estava trabalhando em uma empresa que decidiu produzir uma pesquisa de satisfação com seus clientes. Naquela época, ele pesquisou na internet e não encontrou nenhum serviço que atendesse as suas necessidades. Por isso, começou a desenvolver o que viria a ser a SurveyMonkey no seu apartamento na cidade de Madson, a aproximadamente 50 quilômetros de Chicago, nos Estados Unidos.

A empresa onde Finley trabalhava começou a utilizar seu projeto e a sugerir novas aplicações para o serviço. Com o crescimento do projeto, Ryan achou que era a hora de montar sua própria empresa e tocou toda a estrutura sozinho por cinco anos.

Em 2004, o fundador da SurveyMonkey se mudou para Portland e chamou seu irmão, Chris Finley, para ajudá-lo a ampliar o negócio. "Ele começou a contratar funcionários e, até 2009, a empresa tinha apenas 14 funcionários. No mesmo ano, nós atingimos a marca de 3 milhões de usuários e a companhia foi adquirida por dois fundos de investimento, o Spectrum e o Bain Capital. Foi aí que a empresa entrou em outro patamar de crescimento", afirmou Rodolfo Ohl, country manager da SurveyMonkey Brasil.

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Foto: Divulgação

Depois de adquirida pelos fundos, a empresa começou a contratar desenvolvedores para aprimorarem a plataforma de pesquisa online e adquiriu outras companhias-chave nos Estados Unidos e Europa. Além disso, a SurveyMonkey começou a contratar executivos com grande experiência em outras empresas do Vale do Sílicio, com muitos deles tendo saído da Apple, do Google e do Yahoo!.

O serviço de criação de questionário possui uma interface simples, permitindo que qualquer pessoa crie suas pesquisas. A SurveyMonkey ainda oferece modelos e perguntas padrões para os usuários, que foram criadas por uma equipe de metodologia formada por especialistas. "Temos 3 ou 4 PhDs que elaboram os questionários com base nas normas de metodologia de pesquisa, ou seja, são questionários certificados por uma equipe de metodologia. Para criar o banco de questões, a equipe pesquisou quais eram as cinco mil perguntas mais realizadas entre os usuários e determinou quais são as perguntas ideais para os usuários obterem as melhores respostas. A nossa missão é ajudar as pessoas a obterem resultados precisos", ressaltou Ohl.

A plataforma acumula mais de 12 milhões de usuários ativos ao redor do mundo e, somente no Brasil, são mais de 193 mil usuários. Ao longo de um mês, em média, são coletados mais de 40 milhões de questionários no mundo e 1,5 milhão de respostas são processadas diariamente em 55 idiomas.

Com diversas possibilidades, a SurveyMonkey atende diversos públicos como empresas, governos, organizações não-governamentais (ONGs), instituições de ensino e pessoas físicas. Hoje, o setor que mais utiliza o serviço é o empresarial, com 42%, seguido de perto pelas ONGs com 27%.

"Nós temos vários grupos dentro da categoria 'empresa' que utilizam a SurveyMonkey. Um deles é o pessoal de marketing e atendimento ao cliente, que utiliza a plataforma para fazer pesquisas de satisfação e assim, entender o que está gerando insatisfação para agir imediatamente. E outra área que usa muito o nosso serviço é o RH, para avaliar o treinamento de funcionários, para realizar avaliações de desempenho. Empresas como o Facebook também utilizam a SurveyMonkey para saber o que os candidatos acharam do processo seletivo ao qual participaram", explica Rodolfo Ohl.

As startups também estão utilizando o serviço para avaliar seus planos de negócio e, com isso, entender o mercado antes de lançar seu produto. Muitos estudantes em fase de conclusão de curso utilizam a SurveyMonkey para realizar pesquisas acadêmicas que deverão compor o material completo do seu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso).

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O country manager brasileiro ressalta que os usuários do serviço costumam ser muito criativos e encontram novas possibilidades diariamente para a SurveyMonkey, como é o caso de um professor de uma escola pública que criou um questionário online para os seus alunos como parte da matéria apresentada em sala e, ao final, cada um deles tinha acesso à sua nota.

Rodolfo Ohl, country manager brasileiro da SurveyMonkey

"Algumas escolas norte-americanas usam a plataforma para fazer pesquisas básicas como, por exemplo, saber qual o melhor horário para o intervalo na opinião dos alunos ou quais tecnologias os professores costumam utilizar em sala de aula", exemplificou o executivo.

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No Brasil, a SurveyMonkey sempre esteve presente e apresentou um crescimento muito rápido, antes mesmo da introdução do idioma português na plataforma. Com base no sucesso e também nas possibilidades de mercado, o Brasil é o primeiro país do mundo a ter a figura de um country manager e uma sede própria fora dos Estados Unidos.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), condições macroeconômicas, as possibilidades de negócios e a abertura do povo brasileiro às plataformas sociais - como é o caso da Survey, já que se trata de um serviço de opinião e de compartilhamento de informações -, fazem do Brasil o país ideal para a criação de um novo modelo de negócios que pretende se internacionalizar.

"Além de fazer o negócio crescer - que já cresce de forma orgânica -, o meu papel aqui no Brasil é criar um modelo que nós possamos replicar para outros países. O Brasil é um laboratório para esse novo modelo, e nós acreditamos que o país tem todos os elementos necessários para isso", disse Ohl.