Novo estudo revela como impacto de asteroide afetou a Terra há milhões de anos
Por Anderson Nascimento |
O asteroide que se chocou contra a Terra e destruiu completamente os dinossauros é considerado um dos eventos mais importantes da história. Para nós, é extremamente difícil entender como o impacto desse asteroide afetou a Terra e foi devastador para os seres vivos que aqui existiam. Mas um grupo de cientistas realizou uma nova pesquisa, que atualiza algumas importantes informações sobre o ocorrido e sugere que o impacto da rocha no nosso planeta foi muito mais grave para a vida na Terra nos anos seguintes.
Os resultados obtidos no estudo concentram-se especialmente no impacto que o próprio asteroide teve na Terra e na quantidade de gases que foram jogados na atmosfera. Publicada na Geophysical Research Letters, a pesquisa foi baseada em modelos de computação de como ocorreu a colisão e mostra que a mudança climática nos dias, meses e anos seguintes após o impacto foram devastadores. As projeções anteriores afirmavam que a redução na temperatura foi de até 8,3 graus Celsius, enquanto que o novo estudo indica que o cenário climático havia ficado ainda mais frio.
A queda brusca na temperatura teria sido crucial para muitas espécies e teria alterado comportamentos geográficos. O estudo também revela que a velocidade com que os gases foram levantados para a atmosfera após o impacto do asteroide teve considerável efeito no clima em longo prazo. Acontecimento também provocou um dos maiores megatsunamis da história.
Os dados computacionais também comprovam o que já é sabido sobre a enorme cratera de Chicxulub, que hoje está localizada próxima da Península de Yucatán, no México. Com mais de 180 km de diâmetro, a cratera foi descoberta na década de 1970 e teria emitido um vapor superaquecido que se estendeu por quilômetros acima dela.
É difícil imaginar o que aconteceria com a humanidade caso tal evento ocorresse nos dias de hoje, mas é certo imaginar que enfrentaríamos uma mudança drástica no comportamento climático e geológico caso tivéssemos a sorte de sobrevivermos.
Fonte: Geophysical Research Letters