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Cientistas avançam na pesquisa de probióticos "cultivando" bactérias benéficas

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Cientistas avançam na pesquisa de probióticos "cultivando" bactérias benéficas
Cientistas avançam na pesquisa de probióticos "cultivando" bactérias benéficas

O uso de bactérias benéficas para o corpo humano – também conhecidas como probióticos – é considerado há tempos uma alternativa eficiente para o tratamento de alguns problemas de saúde e deficiências alimentares.

Ainda assim, a prática sempre foi considerada muito complexa para ser utilizada por um longo período de tempo, já que ecossistemas como o intestino humano são ambientes extremamente competitivos para bactérias e culturas podem surgir e desaparecer constantemente de acordo com o que comemos.

Um novo estudo publicado na semana passada no diário científico Cell Host and Microbe, no entanto, revela que podemos estar um pouco mais próximos do uso desse método em larga escala no dia-a-dia.

De acordo com a publicação, pesquisadores da Universidade de Alberta, no Canadá, foram capazes de manter uma cultura bactérias benéficas por um período de seis meses em intestinos – um tempo longo o suficiente para considerarmos a viabilidade de se receitar probióticos para tratamentos.

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Jens Walter, responsável pelo estudo, conseguiu manter a cultura de bactérias da espécie Bifidobacterium longum, encontrada normalmente no leite materno e uma das primeiras a integrar a flora intestinal de bebês humanos, através de um processo de "semeadura" contínua.

Durante duas semanas, 22 participantes com floras deficitárias em Bifidobacterium receberam doses diárias do agente em forma de pó. Seis meses depois, a cultura benéfica ainda estava presente em 30% dos participantes – com os resultados mais positivos observados entre participantes que já tinham pequenas colônias da bactéria e suas simulares presentes antes do teste.

O estudo ainda foi considerado de pequena escala e novos testes deverão ser realizados para comprovar a eficácia do método de "semeadura" a longo prazo. Ainda assim, o experimento abre novas possibilidades para a pesquisa no setor de probióticos, o que pode ajudar pesquisadores a criar novos agentes desenhados especialmente para auxiliar pessoas com problemas digestivos comuns ou até deficiências alimentares.

Fonte: Popular Science