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Pesquisadores criam primeiro mapa global da maior lua de Júpiter, Ganimedes

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Pesquisadores criam primeiro mapa global da maior lua de Júpiter, Ganimedes
Pesquisadores criam primeiro mapa global da maior lua de Júpiter, Ganimedes

Uma equipe de geólogos e estudantes da Universidade de Brown, nos Estados Unidos, concluiu o primeiro mapa global geológico de Ganimedes, a maior lua de Júpiter e maior satélite natural do Sistema Solar. Com seu terreno variado e possível oceano subterrâneo, Ganimedes é considerada, de acordo com reportagem do Phys.org, um dos principais alvos na busca de ambientes habitáveis em nosso sistema. Os pesquisadores esperam que o novo mapa possa ajudar em explorações futuras.

O trabalho foi liderado pelo cientista Geoffrey Collins, da Universidade de Brown e também professor na Wheaton College, em Massachusetts, também nos EUA. O resultado do projeto levou anos para ser concluído. O mapa, inclusive, foi publicado nesta semana pelo Serviço Geológico dos EUA.

“É muito gratificante ver os resultados de todos os nossos esforços aqui na [Universidade de] Brown se reunirem nesta compilação global integrada que agora será usada para planejar a próxima fase da exploração científica dos satélites de Galileu”, afirma Jim Head, professor de Ciências Geológicas da universidade e um dos coautores do mapa, referindo-se às luas descobertas por Galileu Galilei.

Para chegar ao resultado, os pesquisadores combinaram imagens das sondas Voyager e Galileo para chegar a um mapa conjunto. Voyager foi a primeira missão a viajar através do sistema de satélites de Júpiter, e passou pela superfície gelada de Ganimedes em 1979. Essas primeiras imagens revelaram uma superfície complexa, segmentada e “fraturada”. Em 1995, a sonda Galileu foi colocada em órbita em torno de Júpiter e começou a enviar novas imagens, desta vez de alta resolução, da superfície – o que ajudou os pesquisadores a compreender muitas das características vistas em baixa resolução pela sonda Voyager.

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Head foi um dos pesquisadores envolvidos no projeto Solid State Image (SSI), que fazia parte da sonda Galileo. Nessa função, ele e sua equipe foram responsáveis por planejar as sequências de imagens de Ganimedes, a fim de identificar e investigar metas científicas da mais alta prioridade. A equipe trabalhou durante vários anos para obter os dados necessários para fazer o mapa global.

“Este foi um momento incrível”, afirmou Head. “Os estudantes de graduação e pós-graduação de Brown trabalharam ombro a ombro no Laboratório de Geociências Planetárias no Lincoln Field Building, estudando as imagens recém-adquiridas e escolhendo novas regiões de interesse científico. As descobertas aconteceram diariamente e a adrenalina estava subindo. À medida em que as recolhíamos aos nossos pensamentos e planos, os revíamos com a equipe do SSI e reenviávamos à sonda a tempo do próximo encontro”.

Geoffrey Collins foi um dos estudantes de pós-graduação que ajudaram a analisar os dados oriundos da sonda Galileo. Wes Patterson e Louise Prockter, agora no Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, também começaram a trabalhar no projeto como estudantes de pós-graduação na Universidade de Brown. Robert Pappalardo, agora no Jet Propulsion Lab, da Agência Espacial Norte-americana (NASA), fez parte da equipe durante os estudos de pós-doutorado, também na mesma universidade.

“Estou tão feliz que todo o trabalho tenha valido a pena, na forma deste mapa global detalhado”, afirmou Jim Head. “É igualmente gratificante ver que a equipe da [Universidade de] Brown agora está em posições de liderança na comunidade de pesquisa de exploração planetária”.